"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de setembro de 2017

"FLECHA DE PRATA" CONTRA TEMER E MINISTROS É BASEADA EM SETE DELAÇÕES DIFERENTES

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Charge do Baggi (Bobaggi Ilustrada)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o ex-ministro Antonio Palocci seja arrolado como testemunha de acusação no processo contra o “quadrilhão” do “PMDB da Câmara”, que incluiu o presidente Michel Temer, acusado de organização criminosa e tentativa de obstrução à Justiça. A denúncia é a flechada derradeira de Janot, que deixa o cargo no dia 17, e tem como base as investigações do “quadrilhão” formado por membros do PT, do PMDB e do PP, acusados de corrupção pela Operação Lava Jato.
A acusação diz que houve recebimento de R$ 587 milhões, em propinas, pelo grupo encabeçado por Temer e que inclui dois ministros, Eliseu Padilha e Moreira Franco, além do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o homem das malas de R$ 51 milhões, o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala de R$ 500 mil.
44 TESTEMUNHAS – No rol de testemunhas da PGR, Janot colocou 44 nomes, sendo que 40 deles são delatores – a denúncia considera 36 como colaboradores, no caso – e outros candidatos a delatar, como Antonio Palocci e José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Na lista dos não colaboradores está o amigo de Temer e ex-assessor Jose Yunes.
Palocci confirmou a existência do esquema de fatiamento político da Petrobras entre PT, PMDB e PP e apontou Lula como maior beneficiário. São quatro denúncias do quadrilhão da Lava Jato: uma contra políticos do PP, uma contra os do PT, que inclui Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, uma contra o PMDB do Senado e essa contra o PMDB da Câmara.
Só na Petrobras, o grupo liderado por Temer é acusado de receber R$ 350 milhões em propinas. Com a inclusão das descobertas da corrupção ligadas à JBS e de outras, como no Ministério da Integração Nacional, a denúncia alcança o valor de R$ 857 milhões.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A segunda denúncia de Janot, chamada de “flecha de prata”, tem base em sete delações diferentes, que se interligam e se completam, e há abundância de provas materiais. Muitas delas foram entregues pelo doleiro Lúcio Funaro, que era muito organizado, fazia anotações, guardava registros e recibos de depósitos. A pedido de Temer, Joelsey comprou o silêncio de Funaro e de Eduardo Cunha por R$ 100 milhões, cada um. Os dois eram justamente os integrantes do “quadrilhão” que operacionalizam o esquema.  Por isso. O silêncio deles tinha tão alta cotação. (C.N.)

16 de setembro de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

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