"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de setembro de 2017

COM WESLEY PRESO, A JBS QUER UM NOVO PRESIDENTE, MAS MEIRELLES NÃO PODE ASSUMIR

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E desta vez Meirelles ainda nem foi convidado…
Com a prisão de Wesley Batista, a JBS vai acelerar a busca por um novo presidente. Wesley foi preso na manhã desta quarta-feira (13) por suspeita de fraude no mercado de capitais. Por pressão do BNDES, sócio minoritário com 21% de participação, o comando da JBS, maior empresa de proteína animal do mundo, já vinha fazendo sondagens.
A empresa trabalha com dois nomes internos – Gilberto Tomazoni e Tarek Farahat – e com um “outsider”, Cledorvino Belini, ex-presidente da Fiat.
ERA DA SADIA -No comando das operações globais da JBS, Tomazoni chegou a receber um convite formal, mas não aceitou. Ele é considerado a melhor opção porque já dirigiu a Sadia. A expectativa de executivos ligados às tratativas é que Tomazoni reconsidere sua posição, devido à prisão de Wesley.
Farahat, ex-presidente da P&G e atual presidente do conselho de administração da JBS, é outra alternativa. Ele e Tomazoni, no entanto, vinham insistindo para Wesley permanecer no cargo.
Belini surgiu como um nome de peso para assumir o comando da JBS, mas sua indicação pode ser inviabilizada pelas suspeitas, investigadas na Operação Zelotes, de que a Fiat teria se envolvido com a “compra” de medidas provisórias. E com menos chance de emplacar, surge também Gilberto Xandó, que estava no comando da Vigor Alimentos, vendida recentemente pelos Batista para a mexicana Lala.
EXIGÊNCIA DO BNDES – A saída de Wesley é uma exigência do BNDES, que pediu a convocação de uma assembleia extraordinária de acionistas para que a JBS processe os irmãos Joesley e Wesley Batista por danos provocados à empresa pelos crimes que confessaram em sua delação premiada.
Após uma briga judicial, a assembleia foi suspensa e os dois sócios vinham negociando a saída de Wesley. A JBS havia proposto uma transição controlada entre 90 e 180 dias.
Segundo executivos próximos às conversas, os representantes dos Batista alegavam que Wesley era fundamental em meio à turbulência porque estava renegociando as dívidas com os bancos.
NECESSIDADE – Com a prisão do executivo, no entanto, a troca de comando deve ser mais rápida. A J&F, holding que congrega os negócios dos Batista, contratou o especialista em conflitos Ricardo Lacerda, da BR Partners, para negociar com o BNDES.
Desde que assumiu a presidência do BNDES, em junho, por indicação do presidente Michel Temer, o economista Paulo Rabello de Castro tornou a saída dos Batista uma de suas principais bandeiras.
Joesley Batista acusou Temer de corrupção em sua delação premiada. Joesley está preso em Brasília após a Procuradoria-Geral da República alegar que ele omitiu informações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É uma pena que Henrique Meirelles não possa assumir. Foi dele a ideia (frustrada) de transferir a sede da J&F para a Europa, para pagar menos impostos ao Brasil. Como se vê, Meirelles é um tremendo nacionalista… (C.N.)

16 de setembro de 2017
Raquel Landim e Joana Cunha
Folha

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