O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem provas de que Marcello Miller, ex-procurador da República, atuou em favor do grupo JBS durante o período em que trabalhou no Ministério Público Federal (MPF). Ao pedir a prisão do ex-procurador, que foi rejeitada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, Janot indicou que e-mails de um escritório de advocacia mostram que Miller auxiliou a empresa no acordo de leniência com o órgão.
Os documentos foram encaminhados à PGR pelo escritório que contratou Miller após ele deixar o MPF. “Há, por exemplo, trocas de e-mails entre Marcello Miller e advogada do mencionado escritório, em época em que ainda ocupava o cargo de procurador da República, com marcações de voos para reuniões, referências e orientações a empresa J&F e inícios de tratativas em benefícios à mencionada empresa”, sustentou Janot.
PRISÃO NEGADA – Na sexta-feira (dia 8), Fachin negou pedido de Janot para que Miller fosse preso por entender que ainda não há indícios para justificar a medida em relação ao ex-procurador, acusado por Janot de fazer “jogo duplo”em favor da JBS durante o período em que estava no Ministério Público Federal (MPF), antes de pedir demissão para integrar um escritório de advocacia que prestou serviços ao grupo empresarial.
Em nota, a defesa de Miller informou que o ex-procurador “nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F ou qualquer empresa e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Esta matéria está muito estranha. André Richter é um excelente jornalista. Seu texto é afirmativo e peremptório, ao revelar que Janot anexou provas ao pedido de prisão de Miller que foram desprezadas pelo relator Fachin. A Folha foi conferir a matéria e disse que o e-mail é datado de 5 de março. Miller pediu demissão em 23 de fevereiro e foi exonerado dia 4 de março. O e-mail não indica que ele já estivesse trabalhando no escritório de advocacia. Aliás, demonstra justamente o contrário. Em tradução simultânea, tem alguém mal-intencionado aí e há duas hipóteses: 1) Ou é mentira do informante que municiou o repórter da Agência Brasil, uma subsidiária da EBC, que é controlada pelo Planalto; 2) Ou o próprio Janot ou sua equipe fomentou a intriga. Qualquer das hipóteses é um escândalo. A Agência Brasil não pode ser usada com objetivos políticos e criminais. E a Procuradoria não pode acusar Fachin de desprezar provas que não existiam na realidade. (C.N.).
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Esta matéria está muito estranha. André Richter é um excelente jornalista. Seu texto é afirmativo e peremptório, ao revelar que Janot anexou provas ao pedido de prisão de Miller que foram desprezadas pelo relator Fachin. A Folha foi conferir a matéria e disse que o e-mail é datado de 5 de março. Miller pediu demissão em 23 de fevereiro e foi exonerado dia 4 de março. O e-mail não indica que ele já estivesse trabalhando no escritório de advocacia. Aliás, demonstra justamente o contrário. Em tradução simultânea, tem alguém mal-intencionado aí e há duas hipóteses: 1) Ou é mentira do informante que municiou o repórter da Agência Brasil, uma subsidiária da EBC, que é controlada pelo Planalto; 2) Ou o próprio Janot ou sua equipe fomentou a intriga. Qualquer das hipóteses é um escândalo. A Agência Brasil não pode ser usada com objetivos políticos e criminais. E a Procuradoria não pode acusar Fachin de desprezar provas que não existiam na realidade. (C.N.).
12 de setembro de 2017
André Richter
Agência Brasil
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