"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

AGÊNCIA BRASIL ACUSA FACHIN DE TER DESPREZADO AS PROVAS DE JANOT CONTRA MILLER

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Através da EBC, governo faz grave acusação a Fachin
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem provas de que Marcello Miller, ex-procurador da República, atuou em favor do grupo JBS durante o período em que trabalhou no Ministério Público Federal (MPF). Ao pedir a prisão do ex-procurador, que foi rejeitada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, Janot indicou que e-mails de um escritório de advocacia mostram que Miller auxiliou a empresa no acordo de leniência com o órgão.
Os documentos foram encaminhados à PGR pelo escritório que contratou Miller após ele deixar o MPF. “Há, por exemplo, trocas de e-mails entre Marcello Miller e advogada do mencionado escritório, em época em que ainda ocupava o cargo de procurador da República, com marcações de voos para reuniões, referências e orientações a empresa J&F e inícios de tratativas em benefícios à mencionada empresa”, sustentou Janot.
PRISÃO NEGADA – Na sexta-feira (dia 8), Fachin negou pedido de Janot para que Miller fosse preso por entender que ainda não há indícios para justificar a medida em relação ao ex-procurador, acusado por Janot de fazer “jogo duplo”em favor da JBS durante o período em que estava no Ministério Público Federal (MPF), antes de pedir demissão para integrar um escritório de advocacia que prestou serviços ao grupo empresarial.
Em nota, a defesa de Miller informou que o ex-procurador “nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F ou qualquer empresa e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esta matéria está muito estranha. André Richter é um excelente jornalista. Seu texto é afirmativo e peremptório, ao revelar que Janot anexou provas ao pedido de prisão de Miller que foram desprezadas pelo relator Fachin. A Folha foi conferir a matéria e disse que o e-mail é datado de 5 de março. Miller pediu demissão em 23 de fevereiro e foi exonerado dia 4 de março. O e-mail não indica que ele já estivesse trabalhando no escritório de advocacia. Aliás, demonstra justamente o contrário. Em tradução simultânea, tem alguém mal-intencionado aí e há duas hipóteses: 1) Ou é mentira do informante que municiou o repórter da Agência Brasil, uma subsidiária da EBC, que é controlada pelo Planalto; 2) Ou o próprio Janot ou sua equipe fomentou a intriga. Qualquer das hipóteses é um escândalo. A Agência Brasil não pode ser usada com objetivos políticos e criminais. E a Procuradoria não pode acusar Fachin de desprezar provas que não existiam na realidade. (C.N.).

12 de setembro de 2017
André Richter
Agência Brasil

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