Os cristãos interpretam a Bíblia de dois modos: um de acordo com os dogmas e outro não dogmático. Há, pois, dois cristianismos: um de dogmas e outro sem dogmas. Quando uma doutrina cristã era declarada como dogma, ai de quem fosse publicamente contra ele! E toda doutrina que foi declarada dogma era justamente porque ela era polêmica. E era polêmica porque ela não tinha fundamento bíblico correto e, às vezes, era até contra a Bíblia. Os dogmas foram também causa de muitos conflitos entre a ciência e o cristianismo.
A ciência avançou, deixando para trás muitas ideias erradas como a questão do geocentrismo, que ensinava que o planeta Terra era o centro do mundo e que o Sol e demais astros do universo giravam em torno do nosso planeta Terra, o que estava de acordo com um texto do Velho Testamento da Bíblia interpretado literalmente e, pois, de modo errado (Josué 10: 13).
FALSAS VERDADES – Com as descobertas físicas e astronômicas pelos cientistas, entre eles Copérnico, Kepler, Newton e Galileu, ficou provado que o geocentrismo estava errado e que o certo é o heliocentrismo. O Sol é que é o centro de nosso sistema e que são a Terra, os demais planetas nossos vizinhos com seus satélites que giram em torno dele.
Isso chamou a atenção dos teólogos e biblistas que passaram a perceber muitos erros de interpretações da Bíblia como causa de falsas verdades científicas e religiosas aceitas até àquela época.
E, por incrível que pareça, com a chegada da chamada Era do Espírito, as religiões cristãs, em vez de se exultarem com mais uma grande vitória do espiritualismo contra o materialismo, elas têm dado as mãos ao materialismo!
DIVISÕES CRISTÃS – Com a genética e a física quântica, o espiritualismo fortalece-se, também, na ciência. Mas fica prejudicado com os dogmas cristãos. Daí que ele, o espiritualismo, inclinou-se mais para a filosofia e as religiões orientais. E o pior é que os dogmas são proclamados constantemente como sendo a base do cristianismo, mesmo eles não tendo o respaldo bíblico, o que provoca ainda mais divisões entre os próprios cristãos, muitos dos quais até se odeiam entre si, enveredando eles, pois, por caminhos totalmente contrários ao verdadeiro cristianismo.
Sim, pois, foi o Mestre dos mestres que ensinou que seus discípulos seriam conhecidos por eles se amarem uns aos outros (João 13: 35). E o evangelista João diz também que quem fala que ama a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso (1 João 4: 20).
PESQUISAS – A parapsicologia espiritualista (uns preferem denominá-la, hoje, de radiônica e psicotrônica), a qual teve como pioneiro o norte-americano Rhine, da Duke University, foi apoiada pelas pesquisas de vários outros renomados parapsicólogos, entre eles sua própria esposa professora e escritora Louise Rhine, além de Bateman, Soal, Carrigton, Pratt, Tischner, Ehrenwald e outros. Mas essa teoria teve como adversários parapsicólogos católicos, como o francês Robert Amadou e o brasileiro padre Óscar Quevedo, os quais, sem serem materialistas, ficaram mais ligados à parapsicologia materialista do que à espiritualista, exatamente porque a espiritualista estaria em desacordo com os dogmas cristãos.
É realmente lamentável que alguns dogmas cristãos têm provocado tantas divisões entre os cristãos! E mais lamentável, ainda, é o fato de que as religiões cristãs dogmáticas preferirem apoiar a ciência materialista a apoiarem a ciência espiritualista não dogmática! Até quando isso vai continuar assim?
18 de julho de 2017
José Reis ChavesO Tempo
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