José Afonso Pinheiro, 47 anos, zelador, foi demitido de sua função no edifício Solaris, porque prestou depoimento ao Ministério Público relatando ser do conhecimento geral que o triplex 164-A era de propriedade de Lula. É apenas um pequeno drama de um desempregado a mais, num total de 14% de brasileiros desnorteados. Ninguém se preocupa com ele. A diferença é que José Afonso não foi demitido pela crise econômica e sim porque procurou colaborar com uma investigação criminal, cumprindo um dever cívico a que muitos se esquivariam.
Enquanto isso, a esquerda artística do país, doente de uma cegueira patológica, como é o caso de Chico Buarque de Holanda ou Caetano Veloso, ou então, órfã dos empréstimos a fundo perdido da Lei Rouanet, tão facilmente distribuídos pelo governo lulista, já se agita contra a condenação de Lula e os ideológos profissionais do partido, bem remunerados, manipulam seu público.
OBJETIVIDADE DE CLAREZA – A verdade é que a sentença de Sergio Moro é um primor de objetividade e clareza. É preciso lê-la. A conclusão está amparada com solidez em todos os argumentos que foram considerados. Não se pode lutar contra os fatos, mas, para a visão distorcida dos lulistas, apenas a confissão dele serviria como prova, e mesmo assim, exigiriam o perdão judicial pelo bem que fez ao Brasil… Os fatos, esses são irrelevantes.
Essa gritaria só mostra o grau de nossa incivilidade. Mais de 13 anos de aparelhamento do Estado produziram um grande estrago. Toda uma geração foi afetada pela retórica que recobria esse assalto às instituições. O resultado foi esse fascismo de esquerda, a hostilização da Justiça que pune corruptos, a Justiça passa a ser o inimigo. Sempre há um inimigo no populismo. Não haverá tréguas à Justiça, embora todo lulista assaltado na rua queira a cabeça do ladrão.
OFENSAS AO JUIZ – O advogado de Lula, agora, perdeu completamente o pudor. Ofende publicamente o juiz, sente-se coberto ele próprio pela impunidade que o prestígio político de seu cliente lhe dá. É um sobrevivente da advocacia sem ética. Quer buscar justiça na ONU, mas a opinião pública internacional sabe muito bem do que trata a Operação Lava-Jato e sabe a posição de Lula nesse contexto. Pode falar em lawfare à vontade, porque os investidores americanos sentiram na pele os efeitos do Petrolão e sabem quem governava o país na época. Essa retórica não engana mais ninguém.
Lula faz parte da história do Brasil. Depois de morto e à medida que a História se afastar das paixões, será lembrado como um corrupto populista, como alguém que elevou a corrupção ao modelo político de gestão de Estado, em proporções nunca vistas na história da humanidade.
É com isso que ele deveria estar preocupado, com o seu julgamento póstumo e não com essa atitude farsesca de inocência. Por causa dele, um brasileiro simples e pai de família, perdeu o emprego. Todo o meu respeito a José Afonso Pinheiro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O oportuno artigo, publicado anteriormente no site Direito Memória e Futuro, foi enviado à TI pelo advogado João Amaury Belém, sempre atento ao lance, como dizem os narradores de futebol. A situação do zelador José Afonso é triste. Quando ficou desempregado, ele se candidatou a vereador pelo PP, mas não conseguiu se eleger. É um homem de bem, não merece esse sofrimento. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O oportuno artigo, publicado anteriormente no site Direito Memória e Futuro, foi enviado à TI pelo advogado João Amaury Belém, sempre atento ao lance, como dizem os narradores de futebol. A situação do zelador José Afonso é triste. Quando ficou desempregado, ele se candidatou a vereador pelo PP, mas não conseguiu se eleger. É um homem de bem, não merece esse sofrimento. (C.N.)
18 de julho de 2017
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