Tem razão o desbocado Senador Romero Jucá: a suruba continua, e cada vez maior, mais agitada e perigosa, contagiando todos os poderes da república. Vejam o escore da recente votação na segunda turma: Toffoli 4 x Fachin 0, que tirou Sarney das garras do juiz Sergio Moro. Se processo no STF significa impunidade, como está pintando, não vai acontecer nada com o líder dos “Honoráveis Bandidos” (Palmério Dória, Geração Editorial). Há quem diga que ele é, na realidade, o decano da corrupção, e não o tal Jorge Luz que, em parceria com seu filho Bruno, movimentou a módica quantia de 40 milhões de dólares do antigo e tradicional propinoduto brasileiro. Sarney deve ter amealhado fortuna incalculável nas suas várias décadas de intensa atividade no submundo do crime contra o patrimônio público.
A Sonia Racy escreveu que consultou um importante jurista sobre esta infame decisão do Supremo, que lhe disse: “se essa jurisprudência se aplicar aos demais, é o início do fim da Lava Jato”.
Como querem os políticos.
A esta altura do campeonato, o Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve estar profundamente arrependido de não ter contratado os serviços do advogado Kakay para livrá-lo da rápida e implacável justiça de primeira instância, que já o transformou em réu. Afinal, Sarney, como Lula, não tem foro privilegiado. Ou melhor: não tinha.
O odor de pizza que exala do Supremo aguça o apetite de um montão de criminosos, especialmente daqueles que se escondem sob o manto escuro do nojento, repulsivo e execrável foro especial por prerrogativa de função, uma aberração tupiniquim que não existe em nenhum outro país do mundo, à exceção da Espanha, como o famigerado Renan Calheiros. Dos crimes que ele praticou em 2004, um já prescreveu por conta da demora na tramitação do processo. E há grande probabilidade de haver prescrição dos outros, o que fará com que o “ilustre” parlamentar não seja punido pelos malfeitos que cometeu. Que tal? Processo no Supremo cheira ou não a impunidade?
A bocarra faminta por injustiça não é só desses cidadãos de primeira classe, mas de tantos outros que, como nós, são de segunda: ao menos 50 alvos da Lava Jato sem foro privilegiado estão cozinhando no forno lento e brando do STF. Ninguém sabe quando serão servidos à sociedade, que gostaria de comê-los crus, se desse.
A esbornia é mesmo geral e irrestrita. Nosso STF, ainda na quinta-feira, adiou a sessão sobre a necessidade ou não da assembleia estadual autorizar que um governador seja processado pelo Supremo, o que liberta, pelo menos por enquanto, o petista Fernando Pimentel, acusado de várias falcatruas.
Temos que concordar com Romero Jucá: a bacanal continua mesmo a todo vapor. Agora vem o ex-ministro Henrique Eduardo Alves dizer que não sabe como que quase um milhão de dólares foram parar na sua conta. Incrível. Enquanto o povo passa fome, governantes e políticos abrem contas bancárias onde brota dinheiro.
A festança não para. Vide o “trailer” da delação da Odebrecht, no qual Marcelo informa que mais de 150 milhões de reais do total de 300 “disponibilizados “ para o PT foram repassados à chapa Dilma/Temer na campanha de 2014.
O PSDB deve estar com remorso de ter proposto a ação de anulação desta chapa no TSE, já que agora faz parte do governo.
A esculhambação é geral e irrestrita.
Quando forem divulgadas as 77 delações dos executivos da maior empreiteira do país, a “imundície” vai atingir o ventilador e espalhar “dejetos” por todos os lados. Não vai sobrar quase ninguém, se sobrar alguém.
Diante de tudo isso, a sociedade precisa reagir.
Afinal, quem não se lembra do refrão da famosa música “Vira, vira”, grande sucesso dos Mamonas Assassinas, que inspirou Romero Jucá, e que era cantada de norte a sul, por crianças e adultos?
Chega de nos passarem impunemente a mão no traseiro.
Vamos às ruas dia 26 de março exigir que os meliantes que vem roubando o Brasil sejam condenados.
Até lá.
07 de março de 2017
Faveco Corrêa é jornalista, publicitário, empresário e consultor.
A Sonia Racy escreveu que consultou um importante jurista sobre esta infame decisão do Supremo, que lhe disse: “se essa jurisprudência se aplicar aos demais, é o início do fim da Lava Jato”.
Como querem os políticos.
A esta altura do campeonato, o Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve estar profundamente arrependido de não ter contratado os serviços do advogado Kakay para livrá-lo da rápida e implacável justiça de primeira instância, que já o transformou em réu. Afinal, Sarney, como Lula, não tem foro privilegiado. Ou melhor: não tinha.
O odor de pizza que exala do Supremo aguça o apetite de um montão de criminosos, especialmente daqueles que se escondem sob o manto escuro do nojento, repulsivo e execrável foro especial por prerrogativa de função, uma aberração tupiniquim que não existe em nenhum outro país do mundo, à exceção da Espanha, como o famigerado Renan Calheiros. Dos crimes que ele praticou em 2004, um já prescreveu por conta da demora na tramitação do processo. E há grande probabilidade de haver prescrição dos outros, o que fará com que o “ilustre” parlamentar não seja punido pelos malfeitos que cometeu. Que tal? Processo no Supremo cheira ou não a impunidade?
A bocarra faminta por injustiça não é só desses cidadãos de primeira classe, mas de tantos outros que, como nós, são de segunda: ao menos 50 alvos da Lava Jato sem foro privilegiado estão cozinhando no forno lento e brando do STF. Ninguém sabe quando serão servidos à sociedade, que gostaria de comê-los crus, se desse.
A esbornia é mesmo geral e irrestrita. Nosso STF, ainda na quinta-feira, adiou a sessão sobre a necessidade ou não da assembleia estadual autorizar que um governador seja processado pelo Supremo, o que liberta, pelo menos por enquanto, o petista Fernando Pimentel, acusado de várias falcatruas.
Temos que concordar com Romero Jucá: a bacanal continua mesmo a todo vapor. Agora vem o ex-ministro Henrique Eduardo Alves dizer que não sabe como que quase um milhão de dólares foram parar na sua conta. Incrível. Enquanto o povo passa fome, governantes e políticos abrem contas bancárias onde brota dinheiro.
A festança não para. Vide o “trailer” da delação da Odebrecht, no qual Marcelo informa que mais de 150 milhões de reais do total de 300 “disponibilizados “ para o PT foram repassados à chapa Dilma/Temer na campanha de 2014.
O PSDB deve estar com remorso de ter proposto a ação de anulação desta chapa no TSE, já que agora faz parte do governo.
A esculhambação é geral e irrestrita.
Quando forem divulgadas as 77 delações dos executivos da maior empreiteira do país, a “imundície” vai atingir o ventilador e espalhar “dejetos” por todos os lados. Não vai sobrar quase ninguém, se sobrar alguém.
Diante de tudo isso, a sociedade precisa reagir.
Afinal, quem não se lembra do refrão da famosa música “Vira, vira”, grande sucesso dos Mamonas Assassinas, que inspirou Romero Jucá, e que era cantada de norte a sul, por crianças e adultos?
Chega de nos passarem impunemente a mão no traseiro.
Vamos às ruas dia 26 de março exigir que os meliantes que vem roubando o Brasil sejam condenados.
Até lá.
07 de março de 2017
Faveco Corrêa é jornalista, publicitário, empresário e consultor.
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