"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

PEQUIM DESAFIA WASHINGTON E IRÁ PROTEGER SUA SOBERANIA NO MAR DO SUL DA CHINA



Hua Chunying, a porta-voz da China, foi curta e grossa
A China afirmou nesta terça-feira que tem uma soberania “irrefutável” sobre as ilhas em disputa no Mar do Sul da China, depois que a Casa Branca prometeu defender “territórios internacionais” na rota marítima estratégica. 
Nos comentários que fez na segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, rompeu com anos de postura cautelosa dos Estados Unidos em relação à assertividade das reivindicações territoriais de Pequim na Ásia.
“Os EUA irão garantir a proteção de nossos interesses ali”, disse Spicer quando indagado se o presidente norte-americano, Donald Trump, concorda com os comentários de seu nomeado para secretário de Estado, Rex Tillerson, que no dia 11 de janeiro disse que a China não deveria ter acesso às ilhas artificiais que construiu no contestado Mar do Sul da China.
“É uma questão de se estas ilhas estão de fato em águas internacionais e não são parte da China propriamente dita, daí sim, vamos impedir que territórios internacionais sejam tomados por um país”, disse.
RESPOSTA DA CHINA – A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse em um boletim à imprensa nesta terça-feira que “os Estados Unidos não são parte da disputa no Mar do Sul da China”.
Pequim reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, e Taiwan, Malásia, Vietnã, Filipinas e Brunei reclamam partes do mar, que tem vias marítimas estratégicas e fartas áreas de pesca, além de reservas de petróleo e gás.
A soberania chinesa sobre as Ilhas Spratly, situadas no Mar do Sul da China, é “irrefutável”, disse Hua, mas a China também se dedica a proteger a liberdade de navegação e quer conversar com nações envolvidas diretamente para encontrar uma solução pacífica.
PAZ E ESTABILIDADE – “Exortamos os Estados Unidos a respeitarem os fatos, falarem e agirem cautelosamente para evitarem prejudicar a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China”, afirmou a porta-voz Hua Chunying.
“Nossas ações no Mar do Sul da China são sensatas e justas. Independentemente das mudanças que ocorram em outros países, o que eles dizem ou querem fazer, a determinação da China em proteger sua soberania e seus direitos marítimos no Mar do Sul da China não irão mudar”, acrescentou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, logo na primeira semana o governo Trump já conseguiu ressuscitar a Guerra Fria, por causa de umas ilhas que ficam lá do outro lado do mundo e somente são importantes em possibilidade de guerra convencional (sem falar no petróleo, é claro, que tanto fascina os americanos). 
Se Trump pensar que pode mandar no quintal dos chineses, vai ter uma surpresa desagradável. (C.N.)

25 de janeiro de 2017
Ben Blanchard e David Brunnstrom
UOL/Reuters

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