"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

ENTRE CORRUPÇÕES E SOFISMAS, ESTAMOS TODOS! OU ENTRE ESCORPIÕES E BARATAS...

Tenho comigo a sensação de que não vale a pena - contrariando Fernando Pessoa ("Tudo vale a pena, se a alma não é pequena."), insistir em acreditar que a 'res pública' possa melhorar. 
O que percebo, no estreito horizonte de quem não participa do jogo que se joga nos bastidores, e que apenas sabe dos fatos via informações midiáticas, televisivas ou não, modeladas através dos interesses escusos e subjacentes aos comentários e notícias falaciosas, é que estamos prisioneiros em uma grande bolha de mentiras. Vivemos na ilusão de uma democracia, pouco inteligente, mas em compensação numérica e maltratada pela demagogia e pelo engodo... Somos mais de 200 milhões de ignorantes, salvo os sábios, que batemos cabeças contra o paredão escuro da corrupção e dos sofismas. Somos mais de 200 milhões que vamos às ruas e nosSOS gritos caem no silêncio, ignorados, como se fôramos apenas fantasmas, ou bonecos de ventríloco. 
O que sobra, então?
Sobra apenas a solidariedade de padecermos unidos, como aquele arroz de que se diz que 'unidos vencerão'.
Se alguém se der ao trabalho de comparar vários comentários, dos que se julgam capazes de profetizar os indeléveis acontecimentos na pátria amada, verá que ao fim e ao cabo, todos erraram em traduzir o indecifrável. Entre análises conspiratórias e previsões de acontecimentos indefectíveis, navegamos em direção ao nada, a coisa nenhuma, ao absolutamente vazio, correndo o risco de nos afogarmos no lodaçal político. Ou talvez ficarmos tontos de tanto rodar atrás da verdade.
Algo apenas é certo: os péssimos continuam ganhando a guerra; os imorais continuam vencendo todas as batalhas, e aos passantes, nós, pedestres sem direito às calçadas, cabe apenas repetir com Machado de Assis: "Ao vencedor, as batatas..." 
Enquanto isso, as instituições se estapeiam, e nós ó... Saco cheio!
E que se dane o mundo que eu não me chamo Raimundo...
m.americo

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