"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

COLUNA DO LEITOR: SOBRE O DESARMAMENTO

8 motivos para defender a liberdade de acesso a armas de fogo

Nosso leitor Carlos Alexandre Corrêa Wengerkievicz enviou um e-mail com a mensagem que mandou aos deputados para que eles se posicionem contra o desarmamento.

Boa tarde, amigos da Reaconaria.
O e-mail encaminhado abaixo foi enviado aos nossos 511 deputados elencando 8 motivos para defender a liberdade de acesso a armas de fogo e apoiarem a Frente Parlamentar Armas pela Vida, que defenderá a aprovação do PL3722.

Os 8 motivos elencados também são um resumo de várias leituras que fiz sobre o assunto.
Caso queiram ajudar a divulgar a campanha pela adesão a esta frente parlamentar, a lista de emails dos deputados está listada aqui.

“Prezados parlamentares,

Boa tarde.
Escrevo este e-mail após tomar conhecimento da criação da frente parlamentar “Armas pela vida”, com o intuito de expressar meu apoio.

Eu costumava ter uma posição desarmamentista, inclusive chegando a pedir ao meu pai que entregasse suas armas na época da aprovação do Estatuto do Desarmamento.

Após tomar mais conhecimento sobre o assunto, lendo obras nacionais e estrangeiras sobre controle de armas como as de Bene Barbosa, John Lott, Dana Loesch e Joyce Lee Malcolm, além de diversas peças de opinião de autores diversos, alguns pontos ficaram bastante claros para mim. Gostaria de compartilhá-los rapidamente convosco:


Leis de controle de armas não funcionam para combater o crime: O Estatuto do Desarmamento foi proposto com o propósito de reduzir homicídios. O que se vê hoje é uma taxa anual de homicídios de 30 por 100 mil habitantes, o triplo do limite de violência epidêmica da OMS. Isso não é novidade. Alguém disposto a matar o fará com ou sei leis de restrição a armas de fogo. Homicídios também são proibidos por lei, e mesmo assim criminosos os cometem. Por que então eles obedeceriam uma lei de controle de armas? Leis de restrição a armas apenas tornam mais vulneráveis aqueles que as obedecem.
Armas são poderosos instrumentos de defesa: Segundo um ditado, “Deus criou os homens, Samuel Colt os fez iguais”. Uma arma de fogo é uma das poucas coisas que equilibra o confronto entre indivíduos de portes físicos diferentes. Uma dona de casa que se depara com um invasor ou que é abordada na rua por um “valentão” tem numa arma de fogo sua última linha de defesa a que pode recorrer. Sabemos que segurança pública é função da polícia, e apoiamos totalmente, porém sabemos que é impossível por definição que a polícia impeça todos os crimes. Nos EUA, pesquisas indicam que armas de fogo são usadas de 60 a 80 vezes mais para defesa do que para cometer crimes. (http://gunowners.org/fs0404.htm).
O brasileiro tem condições de possuir armas de fogo: Muito se fala que o Brasil viraria um caos caso o porte ou a posse de armas fosse facilitada, que haveria uma avalanche de crimes passionais. Pois bem, o porte era permitido ao cidadão comum até 2003, e nem por isso nos matávamos adoidadamente no trânsito. Caos é o que há hoje. Note-se também que aqueles que citam crimes de motivo fútil como a maioria dos homicídios atuais omite que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos.
O brasileiro quer possuir armas de fogo: Seja nos canais de comunicação da câmara ou em enquetes nos meios de comunicação, o apoio à flexibilização das regras para obtenção de armas de fogo tem sido massivo, como já foi no referendo de 2005, em que DOIS TERÇOS dos eleitores rejeitaram a proibição da venda de armas de fogo. Isso por si só já deveria ser suficiente para para convencê-los, caros representantes da vontade popular.
Um mundo sem armas não seria pacífico, mas tirânico: Parece ótima a ideia de um mundo totalmente sem armas, ainda que utópico, visto que criminosos sempre encontram uma maneira de obtê-las. Um mundo assim, entretanto, tenderia rapidamente à tirania do mais forte, que não encontraria resistência à altura de sua brutalidade.
O direito de possuir armas garante todos os outros direitos: Os americanos defendem com unhas e dentes sua Segunda Emenda da Constituição, que diz “Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser infringido.” Esta emenda permite que o indivíduo se proteja de ameaças internas e externas à sua liberdade. Não é de se espantar que eles nunca sofreram uma ditadura.
A decisão de reagir a uma ameaça deve ser apenas do indivíduo: Muito se discute se ou quando devemos reagir a uma ameaça. No fim das contas, essa decisão cabe exclusivamente ao indivíduo. É a vida dele que está em risco, tanto pela ameaça quanto pela reação. Quantas manchetes já vimos de bandidos que matam mesmo quando a vítima não reage? Se a pessoa conclui que o melhor para sua sobrevivência é reagir, que o estado não a condene à morte. Que ela tenha os meios de proteger sua vida e dos seus.
Se o controle de armas causa mais mal do que bem, porque adotá-lo? Essa é uma pergunta que eu não consigo responder. Discussões sobre restrições a armas de fogo frequentemente fogem do assunto para o tema “deve-se ou não reagir”, mas este não é o foco do controle de armas, isso quem decide é a vítima, e só ela. O foco deveria ser: “Leis de restrição funcionam para reduzir o crime?” ou ainda “Faz sentido possuir leis restritivas de controle de armas?”

São estas as reflexões que ofereço hoje aos senhores, ainda que pudesse elencar diversos outros motivos.
Que Deus os dê sabedoria, entendimento e tranquilidade para decidir sobre a questão.

Obrigado por sua atenção.
Carlos Alexandre Corrêa Wengerkievicz

Referências:
Flavio Quintela, Bene Barbosa. Mentiram para mim sobre o desarmamento. Vide Editorial, 2015.
John Lott Jr. Preconceito contra as armas. Vide Editorial, 2015.
Dana Loesch. Hands off my gun. Center Street, 2014.
Joyce Lee Malcolm. Violência e armas. Vide Editorial, 2016.
Gun Owners Foundation. Gun Control Fact-Sheet 2004. Disponível em <http://gunowners.org/fs0404.htm>, acesso em 22/11/2016.


22 de novembro de 2016
in arca reaça

Nenhum comentário:

Postar um comentário