"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PGR ACUSA COLLOR DE RECEBER R$ 29 MILHÕES EM PROPINAS

Collor é acusado pela PGR por corrupção passiva (30 vezes), lavagem de dinheiro (376 vezes) e peculato (48 vezes)
Collor diz que acusações são ilações e generalidades de delatores (Fonte: Reprodução/Agência Brasil)


A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) de ter recebido pelo menos R$ 29 milhões de propina no período entre 2010 e 2014 por meio de dois contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Investigações da Operação Lava Jato apontam que, assim como a Petrobras, a BR Distribuidora também teria sido palco de um esquema de corrupção.

A denúncia foi oferecida ao Supremo Tribunal Federal em agosto do ano passado e editada em março deste ano. A informação estava sob sigilo até que o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, levantou o segredo dos autos.

A PGR afirma que havia uma “organização criminosa relacionada à BR Distribuidora, voltada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro”. 

Ainda de acordo com a Procuradoria, o suposto esquema envolvia, além de Collor, Caroline Collor, mulher do senador; Luís Pereira Duarte de Amorim, apontado como “testa-de-ferro” de Collor; o empresário Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, suposto “operador particular” do senador; Luciana Guimarães de Leoni Ramos, mulher de Pedro Paulo; os assessores parlamentares Cleverton Melo da Costa (falecido), Fernando Antônio da Silva Tiago e William Dias Gomes; e Eduardo Bezerra Frazão, diretor financeiro da TV Gazeta de Alagoas.

Collor é acusado pela PGR por corrupção passiva (30 vezes), lavagem de dinheiro (376 vezes) e peculato (48 vezes). 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que subscreveu a denúncia, pede também a decretação da perda da função pública dos denunciados que mantêm cargo ou emprego público ou mandato eletivo, e ainda a reparação dos danos materiais e morais por meio da devolução de R$ 154,7 milhões. 
Além disso, a PGR pede a decretação da perda de R$ 30,9 milhões, em favor da União, para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.


21 de outubro de 2016
opinião & notícia

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