SEGUNDO POLICIAL, PEDIDO FOI FEITO APÓS PRISÃO DE PAULO ROBERTO COSTA
EM ENTREVISTA A JORNAL, PAULO IGOR BOSCO DISSE QUE SEMPRE QUE O NOME DE UM SENADOR ERA CITADO NA LAVA JATO, ERA FEITA UMA VARREDURA (FOTO: EBC) |
O policial legislativo Paulo Igor Bosco Silva, delator da Operação Métis, afirmou que a primeira varredura da Polícia do Senado fora das dependências da Casa teve motivação declarada de proteger o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), das investigações da Lava Jato.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Silva afirma que o chefe da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho, que está preso temporariamente desde sexta-feira, reuniu seus subordinados para explicar as razões da missão no Maranhão.
Segundo a reportagem, o pedido formal para a varredura foi feito pelo gabinete do suplente do ministro de Dilma Rousseff, seu filho, Lobão Filho, logo após a segunda prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator de Lava Jato, em junho de 2014. O trabalho nas casas e escritórios da família de Lobão ocorreu cinco dias depois.
O servidor do Senado ainda diz que as conversas sobre a Lava Jato eram tratadas de maneira aberta, mas que nunca era conversado se as operações de vasculhamento rendiam material objetivo. “Era conversado abertamente. Porque, sempre que aparecia o nome de um senador, vinha a varredura”, disse o policial à Folha.
O advogado de Lobão e seu filho, Antonio Carlos de Almeida Castro, defendeu as varreduras e afirmou que esporadicamente havia esse tipo de pedido.
“É um dever e uma obrigação da polícia legislativa cumprir essas missões. Não há nada de ilegal e nada tem a ver com a Lava Jato. Quem faz esse tipo de acusação é porque descumpriu o dever. O equipamento só retirava grampo ilegal, portanto, seria impossível obstruir investigação”, disse.
25 de outubro de 2016
diário do poder
25 de outubro de 2016
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