"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 5 de março de 2016

OUVIDO NUM BAR: "O BRASIL É UMA ILHA CERCADA POR POLÍTICOS VAGABUNDOS". RETRATO DA CONFIANÇA DO BRASILEIRO NOS PARTIDOS E NOS POLÍTICOS

PRESIDENTE DA CÂMARA...
JANOT DETALHA DESPESAS DE CUNHA COM CARTÃO DE CRÉDITO, DE ROTINA LUXUOSA
PRESIDENTE DA CÂMARA GASTOU US$ 1,3 MIL EM RESTAURANTE, US$ 15,8 MIL EM HOTEL EM PARIS


EDUARDO CUNHA, PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO


Em apenas nove dias, no final de dezembro de 2012 e início de 2013, o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) gastou no cartão de crédito US$ 42,2 mil em restaurantes, hotel e lojas de grife em Miami Beach, valor equivalente a R$ 169,5 mil numa época em que ele ganhava na Câmara R$ 17,7 mil.

Já eleito presidente da Casa, em fevereiro de 2015, o peemedebista foi dar um passeio em Paris, onde consumiu bem – em cinco dias, de 14 a 18, US$ 1,3 mil no restaurante Gu Savoy, US$ 8,1 mil na loja de roupas masculinas Textiles Astrum France, US$ 965,69 no restaurante Les Tablettes, US$ 1.177 no Le Grand Vefour, US$ 15,8 mil no Hotel Plaza Athnee.

Os dados sobre a vida de luxos e prazeres do deputado alvo da Operação Lava Jato constam da nova denúncia que o procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira, 4, contra Eduardo Cunha, desta vez por suposto recebimento na Suíça de mais de US$ 5 milhões em propinas ‘por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobrás’.

Em 104 páginas, Janot acusa o parlamentar pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade eleitoral. 

A acusação indica contas secretas de Eduardo Cunha na Suíça.

Janot mostra passo a passo como o deputado gastava bem em suas viagens ao exterior. 
“Tais despesas, incompatíveis com o patrimônio lícito e declarado do denunciado e pagas com dinheiro proveniente de desvios da Petrobrás continuaram mesmo após a eleição de Eduardo Cunha para a presidente da Câmara dos deputados ocorrida em fevereiro de 2015″, assinala o procurador.

Em fevereiro de 2015, já ocupando o topo da hierarquia do Legislativo e depois de passar alguns dias em Paris, Eduardo Cunha se deslocou até Portugal, onde voltou a usar sem parcimônia o cartão de crédito – o rastreamento da Procuradoria-Geral da República aponta US$ 1469, 49 deixados no restaurante Os Arcos, em Paço D’Arcos e US$ 2.924,60 no Grande Real Villa Hotel, em Cascais.

A quebra do sigilo do cartão de crédito do deputado deixou impressionado o procurador. 
“Referidos extratos demonstram despesas completamente incompatíveis com os rendimentos lícitos declarados do denunciado (Eduardo Cunha) e seus familiraes.”

À página 34 da denúncia, Janot destaca a longa sequência de gastos realizados pelo presidente da Câmara. 
No dia 28 de fevereiro de 2012, US$ 1.041 em um jantar no Nobu Restaurant em Miami Beach; no mesmo dia deixou US$ 824 no restaurante italiano Quattro. No dia 29, US$ 2.327, 25 na loja de roupas de grife Saks Fifth Avenue e mais US$ 3.803,85 em outra loja, a Salvatore Ferragamo, e mais US$ 576 no restaurante Carpaccio Bal Harbor…

A denúncia pede a devolução dos valores apreendidos nas contas secretas de Eduardo Cunha e a reparação dos danos materiais e morais no valor de duas vezes a propina cobrada, além da perda da função pública e do mandato.

“A atuação de Eduardo Cunha foi para garantir a manutenção do esquema ilícito no âmbito da Petrobras, mais especificamente na Diretoria Internacional, ao mesmo tempo que para facilitar e não colocar obstáculos na aquisição do Bloco de Benin. 
O bloco foi adquirido da companhia Compagnie Béninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), pelo valor de US$ 34,5 milhões, correspondentes a R$ 138,34 milhões. Como era um dos responsáveis do PMDB pela indicação e manutenção do então diretor da Área Internacional no cargo, Jorge Zelada, Cunha recebia um porcentual dos negócios.”

Segundo Janot, foi apurado que o presidente da Câmara recebeu, em 2010 até maio e junho de 2011, ‘a título de propina, o valor de US$ 1,318 milhão, a partir da conta Z203217, no Banco BSI, da offshore Acona International Investments.

Com o objetivo de dissimular e ocultar esse recebimento, entre 31 de maio de 2011 até 11 de abril de 2014, o dinheiro foi mantido na conta 4548.1602 do trust Orion SP, com sede em Edimburgo, no Reino Unido (conta no Banco Julius Bär – anteriormente Banco Merrill Lynch, em Genebra, na Suíça).

Rodrigo Janot assinala que em julho de 2009 e em julho de 2013, ao fazer o registro de suas candidaturas a deputado federal, o peemedebista omitiu as contas, ‘com o intuito de ocultar os valores e o patrimônio incompatível que possuía no exterior’.

Em julho de 2009, omitiu a quantia correspondente a R$ 15,38 milhões (US$ 3,83 milhões), que possuía nas contas Orion SP e Triumph SP. O rastreamento mostra, ainda, que em julho de 2013 Eduardo Cunha omitiu a quantia correspondente a R$ 12,34 milhões (US$ 3.077 milhão), que possuía nas contas. 
“Nenhum dos depósitos foi declarado ao Banco Central nem à Receita Federal.”


05 de março de 2016
diário do poder

http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2016/03/ouvido-num-bar-o-brasil-e-uma-ilha.html

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Simplesmente estarrecedora a denúncia do Procurador Geral da República envolvendo o nada mais nada menos Presidente da Câmara Deputado Eduardo Cunha. No topo da hierarquia parlamentar (ou pralamentar) um ladrão!
Um ladrão que se oculta no alto cargo da República, para saquear o dinheiro do contribuinte - como disse a dama de ferro: "não há dinheiro público, há dinheiro do contribuinte".
Uma vergonha que fere um país inteiro. 
Que impulso leva o homem a praticar crimes hediondos, acumulando fortunas que não gastará ainda que tivesse 2 ou 3 vidas??
Ganância, apenas? Não creio. Penso que se trata do mais autêntico caráter criminoso...
m.americo

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