É incrível que, diante de tantas evidências escabrosas de que há uma quadrilha no poder, ainda exista gente disposta a defender uma ideologia calhorda que não chega até a esquina sem tentar bater algumas carteiras no caminho. Denuncio aqui “diuturna e noturnamente” uma mentalidade. Uma natureza. Pouco ou nada me importa se há ou não “legitimidade ideológica” na seita vagabunda que ora nos assola, ou se ela é simplesmente uma fachada para legitimar crimes sem castigo.
O fato é que este ajuntamento de bandidos fez as coisas chegarem onde chegaram, no continente inteiro. No desfile patético da bandidagem que agora se reveza na defesa do indefensável, não faltam candidatos à herança ideológica maldita, parida por todos esses párias irmanados e juntinhos. Não ver o que acontece na Venezuela, por exemplo, é típico de quem se recusa a entender a natureza do jogo que é jogado por toda essa gente marreta aboletada nas poltronas do poder.
Lá, o caudilho de plantão, também uma espécie de poste fincado no coração da democracia deles cuja única missão é manter o compadrio vagabundo que enriquece a casta, como acontece por aqui, ameaça a sociedade com um confronto armado, caso a roubalheira seja estancada pelo oposicionismo crescente. É escandaloso.
Os caras nem se mimetizam mais em defensores dos fracos e oprimidos, como foi a bandeirinha bufa que enfiaram nos respectivos traseirões tão logo assumiram o poder. Mostram-se ostensivamente como são: tiranetes de quinta categoria, interessados mesmo no confronto nas ruas para fugir da verdade que vai se estampar nas urnas, brevemente.
Ninguém quer esse lixo. Ninguém aguenta mais esse cacarejo indecente, forrado de baionetas e musiquinhas de protesto, ancorado numa cartilha comunista do século passado que nega a evolução da espécie e do smartphone. Já disse aqui mesmo e volto a repetir que o bolivarianismo rampeiro que por aqui se professa espera por duas novas pás de cal que branquearão seu túmulo ainda este ano.
A primeira é o “legado olímpico”, um verdadeiro caminhão de falcatruas que vem ocorrendo no Rio. Essa quadrilha turbina o esporte para maquiar sua real intenção, que é fazer caixa para se eternizar no poder. A segunda pá de cal será a revelação do destino do dinheiro roubado na Pétubrais e cercanias, utilizado sem a menor cerimônia para cimentar o “socialismo do próximo milênio”, tramado por um ajuntamento transnacional de bandidos que deram a cara parva na América Latrina por estas duas décadas perdidas.
Quem se habilita a fazer o rescaldo dessa vigarice? Quem se habilita ao “mea culpa”, mostrando claramente que foi um engodo defender essas quadrilhas que tomaram de assalto nossas democracias ainda imberbes? A esquerda é nojenta o suficiente para negar sua natureza ladrona, ao contrário da direita, que é nojenta o suficiente para negar sua natureza francamente autoritária.
Uma usou o poder para chegar ao dinheiro, enquanto a outra usou o dinheiro para chegar ao poder. Ambas se completam num círculo vicioso do qual o país não se liberta, por não entender que não é o profeta de turno o responsável pelos destinos de cada um por aqui. Somos nós mesmos os responsáveis pela coisa. Os eleitores. Os críticos. Os colaboradores. Os pensadores.
Enquanto delegarmos nossa representatividade a bandidos de carreira, aplaudirmos intelectuais do ar condicionado e “embusteiros da forma geral”, não sairemos da barbárie que nos espreita em cada esquina. Uma grande campanha de esclarecimento se faz urgente por aqui, tal como as feitas para erradicar a dengue.
Precisamos eliminar os criadouros de políticos vagabundos, jogando fora seus partidos como os vasos de água parada, os sindicatos de bandidos e suas organizações de pingentes de governo, numa cruzada em defesa da democracia plena por aqui e da limpeza dos terrenos abandonados depois da rapina. O bom senso vence, meus caros. Basta começar a deflagrar a mensagem que ela vencerá sozinha a “massa crítica”.
É exatamente isso que os caras tanto temem: a verdade. Jogada na cara desses embusteiros, virá como um par de algemas. Feliz 2016, hehehe.
03 de janeiro de 2016
Vlady Oliver
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