Acredita-se que o consumo moderado reduz os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares
Já não é de hoje que os benefícios do vinho, a chamada bebida dos deuses, são propalados na área da saúde. Acredita-se, por exemplo, que o consumo moderado reduz os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, artrite e até câncer de mama.
O principal elemento responsável por tantos proveitos é o resveratrol, polifenol com efeito anti-inflamatório encontrado na casca da uva. A substância controla os índices de colesterol ruim, prevenindo contra enfartes e derrames. Já a polpa traz minerais importantes para a saúde, além de compostos antioxidantes que combatem o envelhecimento celular – daí muitos acreditarem que o líquido é um verdadeiro néctar da longevidade.
Mas câncer e vinho são um tema controverso entre os profissionais. Conforme defende Juliana Labanca, pós-graduada em nutrição clínica pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, o câncer é uma doença multifatorial e, por isso, apenas com alimentação ou suplementação de algum nutriente possivelmente não será possível preveni-lo caso o sujeito tenha predisposição genética para desenvolver o mal.
"Claro que uma boa alimentação, o consumo de antioxidantes e a prática de atividade física são recomendáveis para diminuir a ocorrência de doenças crônico-degenerativas." De qualquer forma, ela observa que o resveratrol é poderoso e já há evidências de que pode ser um protetor contra a moléstia.
Vale citar, ainda, estudo do Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos: segundo ele, substâncias químicas nas cascas e sementes das uvas tintas reduziram ligeiramente os níveis de estrogênio, enquanto elevaram a testosterona, em mulheres na pré-menopausa que ingeriram a bebida à noite durante cerca de um mês. Com isso, é menor o perigo de desenvolver câncer de mama, sustentam os cientistas.
03 de janeiro de 2016
Rosana Faria de Freitas, UOL, SP
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