"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

'PRESSÃO INSUPORTÁVEL'

'ACHO QUE A DILMA TERÁ DE RENUNCIAR', DIZ ECONOMISTA
PARA MENDONÇA DE BARROS, A PRESSÃO SERÁ INSUPORTÁVEL


PARA O EX-MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES DO GOVERNO FHC, 'É O CAPÍTULO FINAL'.


Há alguns dias, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, defendia um pacto de governabilidade a favor da presidente Dilma Rousseff. 
Para ele, era a melhor solução para a crise política. 
Nesta quarta-feira, se declarou surpreso com a decisão da Standard & Poor’s (S&P) e considera que as repercussões do rebaixamento serão mais políticas do que econômicas. 
“Ela vai ter de renunciar. É o capítulo final”, disse. Abaixo, trechos da entrevista ao Estadão.

Quais são as consequências do rebaixamento?

Ahhh, minha filha. Vixe! Vem coisa muito ruim pela frente...

Parece que o sr. ficou surpreso

Fiquei. Não esperava isso para agora. O governo estava trabalhando para ajustar o fiscal, mas é fato, todo mundo estava vendo, que mesmo essa busca estava muito caótica.

A S&P é a agência que teria um contato mais próximo com o ministro Joaquim Levy...

Sim, e isso quer dizer que ele não conseguiu passar a confiança de que o Brasil vai conseguir fazer o ajuste fiscal de que precisa.

E quais são as consequências?

Acelera o desgaste dela, acabou o governo dela (da presidente Dilma Rousseff).

O sr. está dizendo que teremos repercussões políticas e não apenas econômicas?

As duas coisas ultimamente andam juntas. E acho que deteriorou tanto que o efeito político vai prevalecer desta vez. Para o governo dela é um baque muito forte. As repercussões políticas, neste caso, podem superar as econômicas.

Por quê?

O governo dela já estava esfarelando, como falou o Fernando Henrique Cardoso, imagine a reação do mercado, do dólar, em função disso. A pressão dos empresários agora vai ser insuportável. Também já há um certo afastamento da classe política em relação ao governo dela. Acho que ela vai ter de ir embora. Vai ter de renunciar. É o capítulo final.

E quais serão as repercussões econômicas?

Muitos fundos só podem investir em papéis de países com grau de investimento. Se um país perde o grau de investimento, os fundos são obrigados a vender os papéis. Apesar de você precisar que duas agências rebaixem o Brasil, o fato de uma já ter tirado o grau de investimento vai, com certeza, provocar algum movimento, ainda mais no atual ambiente do País. Os mercados tendem a reagir já prevendo que outra agência pode tirar o grau de investimento. Gera um efeito em cascata.

Muitos analistas diziam que já estava precificado um eventual rebaixamento...


Não. É um veredicto muito forte, em um ambiente já deteriorado, principalmente em relação à questão fiscal, às contas públicas. Ao menos, agora, vamos ter de parar e trabalhar para ver se reverte isso.(AE)



10 de setembro de 2015
diário do poder

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