Brasília - Depois que o presidente da CUT, Vagner Freitas, ameaçou “pegar em armas” para impedir a deposição da Dilma da presidência, a Polícia Federal precisa urgentemente vasculhar a sede da entidade para saber se Freitas já tem realmente o arsenal à disposição dos seus filiados e militantes do PT. O presidente da CUT, na verdade, pensa como o Lula que também já se mostrou adepto da luta armada quando, numa manifestação na ABI, ameaçou acionar seu exército vermelho (os guerreiros vermelhos do Stédile, do MST) para garantir o mandado da sua companheira.
Estocar armas para Vagner Freitas não é um problema, pelo menos financeiro. Gigolôs do dinheiro público, as centrais sindicais – a do Freitas incluída – embolsaram do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) no ano passado, 180 milhões de reais. Isso mesmo 180 milhões de reais!, resultado de uma manobra criada por Lula quando presidente para silenciar seus dirigentes e os sindicatos pelegos aliados que deixaram de defender a categoria para se juntar incondicionalmente ao PT na defesa desse governo corrupto.
As centrais sindicais unidas podem criar um verdadeiro exército com alto poder de fogo e sair às ruas como já fazem os bolivarianos que se armaram até os dentes no exercito criado pelo ex-ditador Hugo Chávez. Aliás, em novembro de 2014, entrou clandestinamente no território brasileiro o ministro venezuelano Elias Jaua para assinar acordos com o MST e a CUT para “fortalecer a revolução socialista do Brasil”, como ele mesmo informou nos atos dos convênios.
Quando diz que pode reagir a bala às manifestações populares, Freitas não está usando nenhum sentido figurado às suas palavras, como tentaram amenizar alguns para botar panos quentes na irracionalidade delinquente do presidente da CUT. É assim que pensa a escória sindical que quer ver o circo pegar fogo. Se a expressão de “pegar em armas” que usou era de desabafo deve ser punido pela bazófia. Afinal de contas, a central que preside agrupa milhares de sindicatos no Brasil e ele comete crime grave ao insuflar os filiados à luta armada.
Enquanto milhares de trabalhadores estão desempregados, Vagner Freitas não tem do que se queixar. A sua central e algumas outras que compõem o staff dos pelegos lulistas embolsaram nos últimos sete anos 1 bilhão de reais. Só entre janeiro e abril deste ano, foram irrigados para os cofres dessas entidades de classe 166 milhões de reais, como informou CH aqui no Diário do Poder. É assim, mantendo regularmente pagamentos milionários, que a república sindical se mantém ao lado do governo, desprezando a categoria a quem deveria proteger num caso de crise econômica como essa.
A Central Única dos Trabalhadores é o braço financeiro dos petistas. Lá não existe auditoria e o dinheiro é distribuído ao bel-prazer do seu presidente. A entidade financia encontros, viagens, manifestações, TVs, rádio e a mídia chapa-branca (os blogueiros oficiais) convocada para apoiar esse governo de aloprados e denegrir a imagem dos que pensam diferente deles. Como o dinheiro é do FAT, o Ministério Público deveria abrir investigação para apurar como ele está sendo usado e para que fins é destinado. A julgar pelas declarações do presidente da CUT, diante da Dilma, numa solenidade, a grana pode estar servindo para armar seus militantes e manter um grande arsenal à disposição da central.
Os primeiros indícios de que a CUT pode estar se preparando para um conflito armado, como alardeia seu presidente, podem aparecer já nas investigações que a Polícia Federal está fazendo sobre as bombas jogadas na porta do prédio do Instituto Lula. Os policiais não descartam a hipótese de que militantes petistas estariam por trás do atentado. Se isso de fato for comprovado, os ensinamentos dos bolivarianos começam a ser postos em prática no Brasil. Para evitar que atos como esses aterrorizem a população, a Polícia Federal deveria intimar o presidente da CUT para esclarecimentos e o Ministério Público promover uma devassa nas contas da central.
Nenhuma organização criminosa resiste a uma intervenção em suas finanças, como mostram investigações policiais recentes.
17 de agosto de 2015
Jorge Oliveira
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