"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

AJUSTE FISCAL DEVE DURAR MAIS QUATRO ANOS, AVISA ECONOMISTA



Não existe política econômica, diz Marcílio
O ajuste fiscal, preocupação número 1 da equipe econômica para este ano, deve durar pelo menos mais quatro anos, na avaliação do especialista em contas públicas Mansueto Almeida. Durante seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV), o economista defendeu que o peso de gastos obrigatórios ainda vai pressionar mais as contas públicas, já impactadas por dívidas antigas.
— O que mais cresceu foram contas herdadas pela equipe econômica. A nova equipe econômica e a nova presidente encontraram contas que a antiga equipe e a antiga presidente deixaram — brincou o analista.
Pelos cálculos de Mansueto, que apresentou o trabalho em conjunto com o economista Samuel Pessoa, da FGV, o peso de gastos engessados é grande na economia. No período entre 1991 e 2014, 86% do crescimento das despesas primárias do governo central foram de transferência de renda, INSS, mais custeio de educação.
— Se alguém falar que vai, por exemplo, fazer uma reforma previdenciária, estabelecer idade mínima, isso causa uma agitação muito grande no Congresso — explica.
AUSÊNCIA DE POLÍTICA ECONÔMICA
A política econômica do governo de Dilma Rousseff foi alvo de críticas durante o encontro. O ex-ministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira, que mediou o debate, chegou a dizer que considera que o país vive, hoje, uma ausência de política econômica.
— Houve nos últimos anos uma falta de política (econômica). Não há um fim predeterminado — criticou Marques Moreira.

12 de agosto de 2015
Marcello Corrêa
O Globo

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