"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de julho de 2015

AÉCIO REELEITO PRESIDENTE DO PSDB E SAUDADO PELA MILITÂNCIA COMO O CANDIDATO PARA 2018


(Informações de O Globo) Em discurso após ser reeleito presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) apostou, neste domingo, em convenção do partido, que a presidente Dilma Rousseff não concluirá seu mandato. O tucano disse em Brasília que os atuais escândalos de corrupção mostram que há um “vale tudo” para se manter no poder; e voltou a afirmar que perdeu as eleições presidenciais para “uma organização criminosa”, e não para um partido político. 


Preocupado com a disputa interna pela candidatura à Presidência da República em 2018, Aécio aproveitou para fazer um apelo pela unidade no partido. - Uma das heranças da presidente Dilma nós já conhecemos: meia década perdida. Ao final de seu governo, que não sei quando ocorrerá, talvez mais breve do que alguns imaginem, os brasileiros estarão mais pobres - disse Aécio, sendo aplaudido pelo auditório.

Cobrado por uma parte do PSDB e por organizações da sociedade civil, que são favoráveis a um pedido de impeachment, o tucano voltou a apostar, em outro trecho de seu discurso, que Dilma não ficará mais quatro anos no Palácio do Planalto. - Esse grupo político que está aí caminha a passos largos para a interrupção do seu mandato. A oposição não se omitiu, não esmoreceu, vem lutando muito, e está cada vez mais sintonizada com o sentimento amplamente majoritário na sociedade brasileira. 

ADVERTISEMENT
O presidente do PSDB traçou um cenário sombrio da atual crise por que passa o país, tanto na política quanto na economia: - Convivemos hoje com o dramático aparelhamento da administração federal, tomada de assalto por ativistas e amigos do poder. Com o compadrio que se estabeleceu como norma básica de conduta e funcionamento da máquina pública. Com a corrupção endêmica, que grassa no serviço público, gerando escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, como os revelados quase diariamente pela Operação Lava-Jato. Convivemos com o uso de truques contábeis, as chamadas "pedaladas fiscais", para fechar as contas do governo. Uma prática que pode levar a Presidente da República a ter suas contas rejeitadas. 

Para o senador tucano, na raiz de todos esses problemas está “a crise moral de um governo afundado em contradições, desvios e crimes de toda ordem”. - Não perdemos a eleição para partido politico, e sim para uma organização criminosa que se instalou no seio do Estado nacional. Aécio pediu unidade interna para derrotar o PT: - A nossa unidade é o mais valioso instrumento para colocar fim a esse perverso ciclo do PT. 

Ladeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Aécio fez questão de entrar pelo corredor do salão. Os dois foram saudados pelos militantes, que gritavam “Aécio, Aécio”. O locutor fez questão de avisar que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também estava presente porque ele não estava com o senador e FH na chegada à convenção. O PSDB reelegeu Aécio em clima de divisão interna. Ele é apresentado pela maioria dos diretórios como candidato natural à Presidência em 2018. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou o atual governo, disse que perdeu a credibilidade e está paralisado. O tucano afirmou que a crise de confiança que atinge o país exige a união da sociedade ao redor da oposição para que encontre uma solução, dentro dos parâmetros constitucionais. O tucano afirmou que o partido sabe governar e está pronto para assumir o país.
- Estamos assistindo simultaneamente um início de um mal estar que tem tudo, eu não gostaria que assim fosse, de se agravar, assistindo a paralisação do Executivo - afirmou o tucano.

Segundo ele, muitas crises ao mesmo tempo exigem uma resposta: a união do povo brasileiro ao redor das oposições para que se encontre uma saída para o país. - Uma saída que só pode ser com respeito à Constituição Federal. Que se puna os culpados. Precisamos assistir esse Brasil com a cara que sempre teve de decência, de humildade. De dirigentes nacionais que possam andar nas ruas sem estar cercado de pessoas, não ter medo de ser agredido. Queremos o Brasil outra vez confiante e, para isso, o PSDB não poderá fugir do seu papel de responsabilidade. Não somos donos do que vai acontecer nas próximas semanas, nos meses seguintes. Mas estamos prontos para assumir. O PSDB sabe governar - disse Fernando Henrique. 

O ex-presidente disse que vivenciou várias crises enfrentadas pelo país no passado, citando Getúlio Vargas, Jango, os governos militares,o impeachment de Fernando Collor. Segundo ele, foram muitos momentos tensos, mas nenhum como o atual, com a paralisação do Executivo.

- Eu raramente vi um momento como esse em que se acumulam crises de vários tipos: crise econômica, expressão mais direta o sofrimento do povo. Estamos assistindo um Congresso fragmentado, um governo que, para se manter, cria ministérios. O sistema que se chamava de coalizão, hoje é cooptação, de compra - criticou FHC.

Numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique disse que durante 13 anos ouviu a expressão “nunca antes”, mas que “a verdade é que nunca como antes se roubou tanto no Brasil”. FHC disse que o PT, que criticava as privatizações, agora apela para a cooperação entre estado e o setor privado.

Segundo ele, o Proer (programa de recuperação de bancos), duramente criticado pelo PT à época, é reconhecido hoje como programa que salvou não só bancos, mas o país de uma falência.- É isso que o Brasil precisa. Não queremos facção, não queremos o Brasil de eles e nós. Não. Queremos um só país - disse o tucano.

Segundo FHC, o atual governo perdeu o rumo, apostando no consumo, - O Brasil foi quebrado pelo PT e pelo lulopetismo. Essa crise que vai custar caro para o povo brasileiro é dele e não nossa. Não virá aliança externa para nos ajudar, mas temos força como brasileiros e brasileiras de reconstruir o Brasil. Queremos reconstruir o Brasil, tirá-lo dessa tragédia para a qual fomos levados pela incompetência de quem não sabe governar.

Fernando Henrique disse que enfrentou, na presidência, situações difíceis que culminaram na queda de popularidade de seu governo, mas que nunca perdeu credibilidade. - Quando se perde a credibilidade não há mais como recompô-la. E esse governo perdeu a credibilidade. Não explicou nada, deu volta de 180 graus, mudou sua política sem dizer nada. Não dá mais para acreditar. Quebrou o cristal. 

De acordo com FH, o PSDB tem a responsabilidade de dizer qual o rumo a ser tomado, mantendo a democracia e fazendo a "limpeza ética". - Vamos tentar, junto com o povo, levar o país a um caminho de ética, de bem-estar. Não estamos sozinhos, juntos vamos vencer e nos recompor. Ao iniciar seu discurso, Fernando Henrique fez questão de destacar sua empolgação com a convenção. Segundo ele, nunca viu tanta responsabilidade nos discursos e tantos jovens. A juventude puxou um coro: "FHC, a juventude tem orgulho de você!". - Obrigado, isso dá energia.

GOVERNO DILMA É MAIS FRACO AO DE JANGO

Com o slogan “oposição a favor do Brasil”, a convenção do PSDB começou pela manhã. Na entrada, foram distribuídos lenços com a bandeira do Brasil e adesivos com o slogan do evento. Algumas faixas foram penduradas na parede, no final do salão, pedindo a retomada do crescimento e criticando a corrupção.”Santa Catarina quer ver o Brasil investindo”, “Goiânia, a favor do Brasil e contra a corrupção”. Aécio chegou por volta de 11h30m. O senador estava acompanhado de caciques da legenda, e foi ovacionado pelos militantes que gritavam e se espremiam para tentar fazer imagens com o celular.

07 de julho de 2015
in coroneLeaks

Nenhum comentário:

Postar um comentário