"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 6 de março de 2015

RÉDEA SOLTA

Em meio a incertezas econômicas, governo federal afirma trabalhar sem meta para o dólar

dolar_48Apesar das sucessivas altas do dólar, o governo brasileiro negou nesta sexta-feira (6) qualquer descontrole com o câmbio.
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, avaliou que as altas corrigem, em parte, a apreciação do real em anos recentes.

É preciso reconhecer que a declaração de Nelson Barbosa é procedente, mas não se pode esquecer que até o último dia do governo anterior de Dilma Rousseff a valorização do real, frente à divisa estadunidense, era usada como instrumento para conter a disparada da inflação.

A moeda norte-americana encerrou os negócios desta sexta-feira valendo R$ 3,057 (comercial), ou seja, valorização de 7% na semana, maior alta desde auge da crise e nova máxima em onze anos.

Além de persistirem preocupações sobre o futuro do ajuste das contas públicas brasileiras, dados positivos, melhores que o esperado, sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos ajudavam a embalar a divisa nesta manhã, em meio a apostas de que os juros devem começar a subir em breve nos Estados Unidos.

“Não é uma depreciação que causa nenhum descontrole, é simplesmente a mudança de patamar da taxa de câmbio que tem um efeito restritivo no curto prazo, afeta a inflação, afeta o crescimento, mas tem um efeito positivo no médio prazo, ao recuperar a competitividade da indústria”, disse Barbosa.

O ministro ainda relatou que a depreciação do real “basicamente corrige um pouco” a valorização que ocorreu nos últimos anos, impulsionada pela alta das commodities. “Há uma pressão no mundo todo em direção à alta da moeda norte-americana, o que se traduz, no caso do Brasil, a um retorno à taxa de câmbio real para o nível de 2006”, completou Barbosa.

O ministro do Planejamento declarou que o governo não trabalha com uma meta de câmbio, e atua somente para administrar sua volatilidade: “Não tenho meta para o câmbio, a gente trabalha com qualquer taxa de câmbio”.

Barbosa finalizou afirmando que em contrapartida à desvalorização do real há a possibilidade de discutir uma maior integração comercial do Brasil com economias mais avançadas. A grande questão nesse ponto é que durante anos a fio o governo do PT insistiu em manter relações diplomáticas baseadas em questões ideológicas, deixando em segundo os assuntos comerciais. Enquanto diversos blocos econômicos selavam parcerias comerciais bilaterais, o Brasil assistia a tudo sem qualquer esboço de reação. (Por Danielle Cabral Távora)

06 de março de 2015
ucho.info

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