"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

PESQUISA DO TSE: 76% DOS BRASILEIROS QUEREM O FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO E METADE NÃO CONFIA NAS URNAS ELETRÔNICAS


(Valor) Uma pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou o clima de ceticismo do eleitor em relação ao processo político. Clique aqui e baixe a apresentação completa.

O levantamento, feito pela empresa Checon, teve 1.964 entrevistas feitas em dezembro e teve caráter tanto qualitativo quanto quantitativo.

De acordo com a sondagem, disponível desde ontem na página do TSE na internet, 76% dos pesquisados se disseram contra o voto obrigatório e 55% se mostraram favoráveis às candidaturas avulsas, sem filiação partidária, o que evidencia a descrença na representatividade dos partidos.

O levantamento mostra também que é expressiva a desconfiança do eleitor em relação à segurança das urnas eletrônicas. Dos pesquisados, 38% avaliaram a confiabilidade do sistema com notas de zero a 4. Outros 27% afirmaram que a confiabilidade oscila entre 5 e 7. E apenas 35% afirmaram que a confiabilidade das urnas está acima de 8.

A pesquisa encomendada pelo TSE registrou indícios de que a compra de votos ainda é expressiva. Dos pesquisados, 28% afirmaram ter testemunhado ou tido notícias de compra de votos, enquanto outros 8% preferiram não responder a pergunta. Esta foi parte específica da pesquisa que teve o resultado antecipado pelo jornal "Folha de S. Paulo".
A pesquisa busca segmentar o resultado para todos os Estados pesquisados. Na Paraíba, o percentual foi de 39%, com 101 entrevistas locais. No Rio de Janeiro, com 105 entrevistas, ficou em 23%. O caso extremo foi Roraima, com 71%, mas com amostragem extremamente reduzida, de apenas dezessete entrevistas.

Ao responderem a um questionário sobre qual "o recado" que gostariam de mandar para o TSE, 14% apontou o fim do voto obrigatório, 7% pediram mais controle sobre a segurança da urna e 5% reivindicaram transparência na apuração e aplicação da Lei da Ficha Limpa.

A eleição presidencial no ano passado, a mais acirrada desde o retorno da redemocratização, teve pela primeira vez um pedido de auditoria na contagem de votos por parte da candidatura perdedora no segundo turno.
O PSDB, tendo por base notícias esparsas em redes sociais, levantou dúvidas sobre a totalização dos votos, que deram a vitória para a presidente Dilma Rousseff por três pontos percentuais de diferença. O TSE autorizou o partido a ter acesso às urnas do segundo turno.

No dia da diplomação da presidente como reeleita, representantes do PSDB pediram formalmente a cassação do registro de candidatura de Dilma, alegando irregularidades durante a campanha e solicitaram que o perdedor fosse proclamado presidente eleito.
O presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, em um pronunciamento contundente horas mais tarde, afirmou que não iria permitir "um terceiro turno". "As eleições de 2014, para o Poder Judiciário, são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que os especuladores se calem", disse na ocasião Dias Toffoli.

A finalidade principal da pesquisa era medir o grau de "recall" das campanhas publicitárias feitas pelo TSE para estimular o eleitorado a comparecer às urnas. O grau de lembrança das peças publicitárias foi alto, acima de 70%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário