Uso muita pimenta, cebola e alho. Desde que me foi proibido o sal, comecei a pesquisar temperos, e esses três se sobrepujaram aos outros. As pimentas que uso eu mesmo planto. E experimento sempre, plantando e provando. Você sabe quantos tipos de pimenta existem? Nem eu.
Dentre as pimentas capsicum, das quais as mais suaves são o pimentão, a pimenta biquinho, a sweet banana e as cambuci (chapéu de bispo, patinha de cachorro), a mais conhecida é a malagueta.
Quando comecei a mexer com isso, tinha certeza de que a malagueta era muito ardida. Ichhhh, arde feito pimenta malagueta! Depois descobri que era fichinha, tem ardor 7000 na Escala Scotchville, que mede o grau de ardência das pimentas. Até ontem, acreditei que a mais ardida do mundo é a Bhutt Jolokia Chocolate, mas hoje descobri que esta já foi desbancada por uma variedade da Red Scorpion e esta outra perde feio para a CAROLINA REAPER DANGER DEATH MORTE CHALLENGE. Para ter uma ideia do estrago, o ardor da Bhutt Jolokia é CENTO E CINQUENTA E SETE VEZES o da malagueta ( em torno de 1.100.000 na mesma escala, e o da Carolina Reaper Death é o dobro do da Jolokia. Comer qualquer delas é se prestar à um estágio de quase meia hora no inferno.
Tudo isso é para lhes apresentar um produtor de pimentas, dono do site http://www.viciadoempimentas.com.br, maluco de pedra. Pois bem, comedor inveterado de pimentas, resolveu colocar em vídeo sua experiência – cumprindo todo o ritual de comer a Carolina segundo a tradição dos degustadores da Bhutt Jolokia… Depois do filme, o youtube mostra também uma americana viciada em pimentas que passa por todas as cores do arco-íris e não acha uma que descreva o que sofreu. Mas suas mãos dizem tudo.
22 de janeiro de 2015

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