Aliados aprovam projeto que anula meta fiscal e ajudam Dilma Rousseff a limpar a cena do crime
Após quase dezenove horas de uma sessão tumultuada do Congresso Nacional que terminou na manhã desta quinta-feira (4), deputados e senadores da vergonhosa base aliada aprovaram o texto-base do PLN 36/2014, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e desobriga o governo de Dilma Rousseff a cumprir a meta de superávit primário deste ano.Isso significa que a presidente da República, atropelando a legislação vigente, escapou do crime de responsabilidade ao institucionalizar a bandalheira oficial.
A forma como se deu a votação mostrou o que o País deve esperar do próximo governo, que começa no próximo dia 1º de janeiro. Dos quatro destaques apresentados, três foram rejeitados e um ficou para ser votado na próxima terça-feira (9). A manobra foi uma estratégia do PMDB, que adiou a conclusão da votação para pressionar o governo no loteamento da Esplanada dos Ministérios. Atualmente o PMDB comanda cinco pastas, mas espera abocanhar mais uma.
Dilma Rousseff, depois de mentir escandalosamente na campanha pela reeleição, tentou enganar a opinião pública com a indicação de um economista adepto da ortodoxia para comandar o Ministério da Fazenda – Joaquim Levy – mas a presidente continuará refém da base aliada e por certo estenderá entulhará o próximo mandato com a conhecida lambança petista.
No caso de se render à pressão do PMDB, Dilma colocará a equipe econômica do novo governo na berlinda, pois os partidos da base aliada trocam apoio pelo direito de saquear os cofres federais na esteira de escândalos de corrupção.
Essa foi uma das maneiras que o então presidente Luiz Inácio da Silva encontrou de substituir o criminoso Mensalão do PT.
O Brasil está mergulhado em uma crise econômica profunda, mas a bancada petista no Congresso comandou a operação marginal para arruinar ainda mais o País, que já desperta a desconfiança dos investidores internacionais, cujo dinheiro é importante para que a máquina federal continue rodando. O PT ocupou o plenário da Câmara dos Deputados, onde ocorreu a longa sessão bicameral, para gazetear as conquistas (sic) de um governo imoral, corrupto e incompetente.
Muito se falou ao longo da madrugada em defesa dos trabalhadores e geração de empregos, discurso embusteiro que serviu para embasar a aprovação do PLN 36, mas os brasileiros devem esperar um cenário diametralmente oposto.
Considerando que o governo do PT sofre de incompetência e paralisia, não há como falar folgadamente em futuro sem a participação dos investidores. Não se trata apenas de investidores que despejam recursos em títulos do governo, mas de pessoas dispostas a apostar em uma economia cambaleante e desprovida de seriedade.
O vexame protagonizado pelo PT no Congresso foi tamanho, que o líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS) cometeu a irresponsabilidade de dizer que a redução do superávit primário – de R$ 116 bilhões para R$ 10 bilhões – é uma questão de política econômica.
Que Fontana é um aloprado obediente todos sabem, mas não há como aceitar uma declaração dessa natureza, pois o que se vê nos dias atuais é uma balburdia desenfreada na economia, sem que o governo tenha conseguido reverter o quadro desde a chegada de Dilma ao principal gabinete do Palácio do Planalto.
Fosse a política econômica do governo do PT um poço de acertos, o ministro Guido Mantega não teria sido demitido antecipadamente pela presidente. Para minimizar a enxurrada de críticas dedicadas a Mantega, que há muito foi transformado em alvo de galhofas no mercado financeiro, a “companheirada” decidiu lançar a tese de que o ministro está deixando a pasta por motivos pessoais.
Uma mentira sem tamanho, uma vez que Dilma pretende indicar Mantega para presidir o Novo Banco de Desenvolvimento, instituição criada pelos BRICS. E quem tem problemas pessoais já teria impedido a presidente de continuar alimentado a ideia.
05 de dezembro de 2014
ucho.info
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