"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO!


BRASIL REAL : "GUVERNU" muda projeção e agora fala em déficit comercial em 2014



O governo não trabalha mais com a perspectiva de superávit na balança comercial em 2014. Mesmo que dezembro seja positivo, não será suficiente para transformar o resultado em superávit, admitiu nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Apesar da mudança na projeção, a pasta não divulgou o tamanho do déficit previsto.


No ano até novembro, a balança comercial acumula resultado negativo de US$ 4,2 bilhões - cifra que foi minimizada pelo futuro ministro do MDIC, Armando Monteiro. "Nós temos uma situação que não chega a configurar no que diz respeito à balança comercial um déficit assustador. Não é esse o quadro", comentou.

"O que nos preocupa é a queda do desempenho das exportações de manufaturados, é algo muito significativo, 10% de queda, é evidente que isso se deveu a alguns fatores, o mercado argentino que sofreu uma grande retração e esse maior acirramento da competição na área de manufaturados pelo menor crescimento do comércio internacional. Mas aí é que precisamos estar atentos para melhorar a competitividade da indústria, senão não recuperaremos espaço no comércio internacional", ressaltou.

Segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Roberto Dantas, embora dezembro seja tradicionalmente superavitário, ainda assim o número não deverá superar o déficit acumulado do ano. "Houve essa mudança nas expectativas", observou Dantas sobre a perspectiva de déficit comercial no ano. 

Dantas explicou que fatores que poderiam ter ajudado na manutenção de um superávit não se realizaram, como a recuperação do preço do minério de ferro. Dantas ainda destacou que houve redução nas exportações de carne em novembro, o que afetou o desempenho. 

"Teve queda de exportações para Venezuela de carne bovina e de frango; para a Arábia Saudita, de frango", justificou. "Houve queda de 10% em volume de carne. Isso afetou o desempenho de novembro", frisou. 

Déficit 'marginal'. Dantas também relativizou o déficit acumulado até novembro. Segundo ele, é um déficit “marginal” porque representa apenas 2% das exportações no período. “É importante relativarmos o déficit em relação ao que ocorreu em relação a outros anos”, disse.

Dantas comparou com os dados de 1998, até então o pior resultado da balança para os 11 meses do ano. Em 1998, o déficit da balança foi de US$ 6,1 bilhões, 13% do volume exportado de janeiro a novembro daquele ano. 

“O déficit desse ano é seis vezes menor, em termos relativos, do que o déficit computado em 98”, comparou. “Em termos de magnitude, o déficit de 1998 foi mais importante do que o de agora”, continuou. 

03 de dezembro de 2014
Agência Estado
(Reportagem de Victor Martins, Renata Veríssimo, Laís Alegretti, Rafael Moraes Moura e Ricardo Della Coletta)

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