"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO 2

Petistas fazem harakiri com ameaça de processar Aécio por reclamar de derrota para organização criminosa








Os petistas cometeram ontem um de seus mais graves atos falhos políticos nunca antes praticados na mal contada história do Brasil. O presidente do PT, Rui Falcão, e os senadores Humberto Costa e Lindbergh Farias passaram recibo de otários. Culparam e condenaram seus próprios correligionários partidários, ao interpretarem que a qualificação "organização criminosa" usada pelo senador tucano Aécio Neves foi direcionada ao PT. Não foi!




Por isso, a cúpula do Partido dos trabalhadores transforma em pura palhaçada a ameaça de interpelar judicialmente e processar Aécio pelo que ele absolutamente não disse na entrevista ao jornalista Roberto D´Ávilla, na GloboNews.


Pressionados por tantas denúncias de corrupção, que tornam o segundo mandato de Dilma ingovernável e com alto risco de pedido de impeachment, os petistas cometeram um harakiri político.


Suas ameaças se voltam contra eles mesmos. Falcão, no Twitter, ainda deu de valente: "Já estamos interpelando senador mineiro derrotado. Em seguida, processo crime no STF. O PT não leva recado para casa...".




Rui Falcão se comportou como um desprezível Chapolim Colorado de Monte Aprazível.
O petista interpretou como quis a declaração de Aécio Neves - que foi bem clara: "Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está aí".


Na manjada tática de posarem como vítimas, sempre que a conjuntura lhes parece desfavorável, os petistas só assumiram, publicamente, seu desespero com o atual tsunami de falcatruas bilionárias do Mensalão, Petrolão e Eletrolão.


Ontem mesmo, Aécio Neves rebateu a autoritária e descabida intenção do PT de interpelá-lo judicialmente ou processá-lo:
"O PT tem esse vício, ao invés de interpelar seus membros que cometeram crimes, como, por exemplo, na época do mensalão, os tratou como heróis nacionais. Agora, ao invés de interpelar o tesoureiro do seu partido, acusado por um dos membros da quadrilha de ser parte desse processo, quer processar o acusador, como ameaça fazer com a própria Policia Federal".

O líder do PSDB na Câmara, o baiano Antônio Imbassahy, também jogou pesado contra a babaquice cometida pelo stalinista Rui Falcão: "Não vejo legitimidade do presidente do PT, Rui Falcão, que até ontem festejava os três grandes detentos da Papuda como heróis da Pátria e incentivava aplausos para o atual tesoureiro do PT, João Vaccari. Essa ação na Justiça contra Aécio é desprovida de qualquer credibilidade. Ademais, quem identifica essa organização criminosa que se instalou no governo Lula e foi ampliada no governo Dilma, é a Polícia Federal".

A nazicomunopetralhada está apertadinha. Os "colaboradores premiados" nos processos da Operação Lava Jato forneceram denúncias e provas concretas para incriminar 77 deputados federais e 14 senadores.


Outros 112 parlamentares foram citados como beneficiários de esquemas de corrupção, mas apenas com fortes indícios, e também correm risco de denúncia, se forem delatados por colegas ou parceiros de negociatas interessados em deletá-los.


O escândalo, que evoluiu do Mensalão para o Petrolão, tem tudo para ficar maior e mais chocante se chegar ao Eletrolão, incriminando, além de grandes empreiteiras, os gigantescos fundos de pensão.


O PT tem muito a explicar sobre tantos escândalos. Seus principais políticos e dirigentes suportariam uma auditoria na evolução patrimonial pessoal, de seus familiares ou de pessoas muito próximas, principalmente durante estes 12 anos que aparelham o poder federal?


Como o ex-Presidente Lula da Silva e a atual presidenta reeleita Dilma Rousseff têm a coragem de alegar que nada sabiam sobre os escândalos nas estatais, se nada é decidido nestas empresas de economia mista sem a anuência e consulta direta do Palácio do Planalto, representando a União, o acionista majoritário delas?


Ildo Sauer na CPMI da Petrobras (IV)




Nestes tempos modernos, o TCU virou suas baterias para as sociedades formadas pela Eletrobrás com empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.


Chamadas de Sociedades de Propósito Específico (SPE), tais sociedades funcionam como empresas privadas, apesar da participação estatal. Dá para imaginar a dificuldade de se fiscalizar o uso do dinheiro público nessas SPEs - principalmente, quando a União não é a sócia majoritária do empreendimento.




A propósito, desde a antiguidade – 2006, época em que nem se ouvia falar em SPE – o Alerta Total vem denunciando tal tipo de problema numa precursora dessas sociedades, a Gemini, sociedade da Petrobras (40%) com a White Martins (60%).


O caso Gemini




O Alerta informou que as cláusulas contidas no Acordo de Quotistas firmado em janeiro de 2004, altamente lesivas à Petrobras, originaram o processo TC 021.207/2006-3.


Informou, também, que tal processo foi arquivado pelo TCU, que se julgou impedido de fiscalizar a Gemini pelo fato de a mesma não ser controlada pela União (Acórdão nº 1309/2007, de 27/6/2007).

Apesar de o TCU não poder fiscalizar a evidência de superfaturamentos na Gemini em detrimento da Petrobras, nem tudo está perdido.


Deputado que pergunta acha...




Um fato ainda mais grave pode vir à tona, dependendo da resposta a ser dada pelo professor Ildo Sauer, que prestará depoimento à CPMI da Petrobras nesta quarta (3).

Basta que algum parlamentar, com mínima inteligência, copie e cole a perguntinha abaixo, incluindo os considerandos:




Considerando que a participação da Petrobras na Gemini teve que ser aprovada por um órgão colegiado; considerando, também, que tal aprovação só foi dada em outubro de 2004; e considerando, ainda, que o Acordo de Quotistas contendo cláusulas lesivas à Petrobras já havia sido firmado desde janeiro de 2004, deve-se perguntar ao então diretor de Gás e Energia da Petrobras:




“O órgão colegiado que aprovou a participação da Petrobras na Gemini tinha conhecimento do Acordo de Quotista firmado em janeiro de 2004?”.


“Saia do armário, Dilma! (III)”



Reveja o vídeo “Saia do armário, Dilma! (III)”, no qual se pode ver detalhes do estranho acordo de cotistas da Gemini.


Resuminho




Bacana o infográfico do G1 sobre a Lava Jato:


Olho nas SPEs

O Tribunal de Contas da União faz um pente fino em Sociedades de Propósito Específico (SPE) formadas pelo grupo Eletrobrás em parceria com companhias de engenharia.

Instituída pela Lei 11.079, de 2004, a SPE funciona como empresa privada, embora tenha a estatal no meio.


Por isso, o TCU só consegue fiscalizar os gastos da empresa pública, sem ter acesso a informações centrais do negócio.


Parcerias bilionárias




O Estadão informa que, apenas em 2013, o grupo Eletrobrás investiu R$ 3,98 bilhões em projetos geridos em parcerias por SPEs.




O dinheiro foi gasto, principalmente, nas hidrelétricas de Jirau (R$ 1 bilhão), Santo Antônio (R$ 700 milhões) e Belo Monte (R$ 900 milhões), na Região Norte do País, e Teles Pires (R$ 400 milhões), em Mato Grosso.


Furnas participa de Santo Antônio e Teles Pires.

Em nota oficial, a Eletrobrás afirma que as SPEs são “importantes formas de alavancar investimentos privados em projetos estruturantes” e que elas “obedecem a todas as normas de governança da Eletrobrás e às melhores práticas de mercado”.




Campanha para enviar de 100 em 100




Deputados e Senadores receberão enxurradas de e-mails contra o golpe que o desgoverno Dilma quer dar na Lei de Responsabilidade Fiscal, para que a Presidenta não fique passível de um processo de impeachment pelos gastos públicos fora da lei.


A mensagem que internautas enviarão, para parlamentar, de 100 em 100, tem o seguinte texto:


"Caro Parlamentar: Na qualidade de Cidadão Brasileiro, venho pela presente manifestar a minha total indignação em relação a aprovação da PLN36.  Sendo totalmente CONTRA que isso aconteça, eu digo NÃO ao que denomino de CALOTE, e espero que Vossa Excelência, representante do povo, também assim o faça. Atenciosamente, Fulano de Tal".




Apelando mesmo...




Barganha vergonhosa




Dilma Rousseff editou decreto condicionando uma nova liberação de R$ 444,7 milhões para as emendas individuais à aprovação, nesta terça-feira, da proposta que muda a meta fiscal de 2014.


A canetada amplia em R$ 10,032 bilhões os gastos de toda a máquina pública este ano, sendo uma cota diretamente destinada aos parlamentares.




Os R$ 444,7 milhões garantirão uma fatia de R$ 748 mil para cada um dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores).




No ano, os parlamentares terão R$ 6,9 bilhões para a totalidade das emendas individuais, sendo que cada um fechará 2014 com uma cota de R$ 11,6 milhões.

Pacotão da Dilma

Será que a Dilma pode fazer igual?





O presidente dos EUA, Barack Obama, acompanha suas filhas Sacha e Malia nas compras em uma livraria, em Washington, no último dia 29 de novembro.


Será que a nossa popular-reeleita Presidenta Dilma Rousseff pode fazer o mesmo que o dito homem mais poderoso do mundo, sem tomar muita vaia?

A perguntinha idiota de resposta óbvia é apenas para encher o saco...


Ser petista é...

Pura malvadeza que circula viralmente na internet:

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03 de dezembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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