Caríssimos amigos:
Hoje, dia 03/12/2014, será um dia extremamente importante para a estabilidade do Estado Democrático de Direito em nosso país. O governo vai tentar institucionalizar a flexibilização das leis no Brasil. O processo é bastante semelhante ao do atirador que primeiro atira e depois traça o alvo a seu bel prazer.
Apoiado pelos picaretas de sempre, alguns dos quais já supostamente envolvidos no escândalo do momento, o Petrolão, o PT vai tentar demolir de uma vez por todas a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a qual, aliás, sempre terçou lanças.
A aprovação pelo congresso da obscena proposta do governo equivale a abrir mão definitivamente do equilíbrio fiscal, da moralidade e da responsabilidade no trato dos recursos públicos.
O governo fica autorizado a gastar à vontade o suado dinheiro dos cidadãos brasileiros (principalmente em anos eleitorais) e depois, ao final do exercício ajustar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para fechar as contas. É a história de desenhar o alvo após o tiro.
Em qualquer país razoavelmente sério o Executivo teria vergonha de propor essa barbaridade jurídico-econômica. Mas no Brasil dos tempos do PT nada é suficientemente desonesto que não possa ser proposto a um congresso onde a chamada “base de sustentação” do governo está mergulhada até o pescoço em transações tão repugnantes que chegam até mesmo a chocar as estruturas da República que, diga-se de passagem, nunca se caracterizou pela inocência.
No governo do PT, contrariando sua posição geográfica tropical, o Brasil coleciona uma quantidade imensa de icebergs cujas pontas começam a aflorar em todas as instituições e todos os ministérios.
São políticos, ministros, autoridades, e seus parentes, seus amigos, suas (seus) amantes envolvidos em “malfeitos” de toda ordem. Até orgasmos foram financiados com o dinheiro público. Que o digam Lula e Renan Calheiros, por exemplo.
Nesta época de devassidão política, cujos refluxos se aproximam inexoravelmente da presidente da República, ela definitivamente não merece o mínimo respeito e a mínima consideração para que se possa sequer cogitar de lhe dar qualquer crédito de confiança.
Seu comportamento durante a recente campanha eleitoral, suas promessas e acusações antes da eleição, e seus atos e seu comportamento depois delas demonstram o desamor à verdade e uma falta de compromisso, uma ausência de caráter que não a qualificam para qualquer condescendência.
Ela procedeu, voluntária e deliberadamente, de forma irresponsável no trato com os recursos públicos, apesar de constantemente alertada por todos os economistas sérios deste país. Achou-se acima das leis e desprezou-as reiteradamente. Foi pródiga nos gastos públicos, no aparelhamento do Estado(o que custa dinheiro), na alocação de recursos para seus colegas bolivarianos de América e África e levou o Brasil a uma situação econômica desesperadora.
Enfim, demonstrou à exaustão sua incapacidade para conduzir o país e sua falta de respeito com o fruto do suor de milhões de cidadãos brasileiros. E não se diga que não sabia o que estava fazendo!
Notícia de última hora dá conta que o Executivo chantageia o congresso oferecendo liberação de verbas, mas somente se o descalabro fiscal for aprovado. Esse é o fundo do poço da moralidade política neste país. Nunca imaginei que algum dia algo semelhante pudesse acontecer. Descobriremos agora por quanto se vende cada parlamentar.
Amanhã, é nossa obrigação, principalmente dos amigos de Brasília, organizar manifestações públicas para que o congresso não seja venal e subserviente a ponto de aprovar a indecente proposta do governo. A oposição finalmente vem fazendo, e bem, sua parte. Agora é nossa vez!
03 de dezembro de 2014
José Gobbo Ferreira
Giulio Sanmartin
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