Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff (Sebastião Moreira/AE/VEJA)
De acordo com Paulo Roberto Costa, o ex-ministro pediu 2 milhões de reais para injetar na campanha de Dilma Rousseff em 2010
Conforme revelou VEJA desta semana, o então coordenador da campanha de Dilma Rousseff em 2010 pediu dinheiro ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, pivô do esquema do "petrolão".
À Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras relatou ter recebido o pedido de pelo 2 milhões de reais para a campanha presidencial do PT. A conversa, segundo ele, ocorreu antes do primeiro turno das eleições.
Palocci conhecia bem os meandros da estatal: como ministro da Fazenda, havia integrado seu conselho de administração. Era de casa, portanto, e como tal tinha acesso aos principais dirigentes da companhia. Aos investigadores, Paulo Roberto Costa contou que a contribuição que o ex-ministro pediu para a campanha de Dilma sairia da “cota do PP” na Petrobras.
No documento apresentado ao colegiado, Bueno alega que a acusação é “extremamente grave na medida em que aponta para a confirmação de suspeitas já levantadas por diversas vezes sobre o envolvimento de figuras chave no que parece ser um dos maiores escândalos de corrupção desde o mensalão”.
“Trata-se, portanto, de convocação relevante para dissipar dúvidas que não podem persistir sob pena de lançar receios sobre o próprio funcionamento da nossa democracia, o que é excessivamente sério para que deixemos de lado”, disse o deputado.
Como tem caráter de convocação, o requerimento, se aprovado, tornará obrigatória a ida do ex-ministro à CPI. A próxima reunião do colegiado está agendada para o dia 8 de outubro, quando deve ser ouvida a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, considerado pivô do esquema do "petrolão".
29 de setembro de 2014
Marcela Mattos - Veja
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