Artigos - Globalismo
“Não há felicidade sem liberdade, nem liberdade sem bravura.”
Tucídides
Timothy Garton Ash, catedrático de Estudos Europeus na Universidade de Oxford, Inglaterra, escreveu (no dia 17 de Setembro) um artigo estimulante no El País, enfrentando, sem temor, os novos problemas da ordem internacional: das ameaças bélicas dissimuladas do sr. Putin ao terror sórdido do autoproclamado “Estado Islâmico do Iraque e do Levante”, que faz tremer, pela crueldade, a própria Al-Qaeda.
É sempre um prazer ler Garton Ash e os seus comentários bem informados; deliciosos até.
Ademais, as democracias, regimes frágeis pela sua própria vocação e forma específica de legitimação, não suportam a falta de clareza estratégica, num mundo marcado, refira-se ainda, por guerras assimétricas, turbulências e poderes subversivos.
Ainda não é o “fim da história”, podem crer!
O saber, que os antigos chamavam logos, continua a ser a condição última da sobrevivência colectiva, da existência humana civilizada.
A questão da Ucrânia não é obsessiva, é premente.
O lente de Oxford continua:
“A União Europeia deve elaborar um plano de dez anos para a Ucrânia. E esse plano vai definir também o que será a Europa dentro de dez anos”.
É o chamado Plano Merkel, por analogia com o famoso plano norte-americano que permitiu a reconstrução da Europa a partir de 1947.
Para Ash, este plano é vital e não pode fracassar. Conservando a deliciosa prosa castelhana: “Si fracasa, volverá a fracasar Europa”.
O plano tem três componentes: militar, económica e política.
Mas o autor comete, a meu ver, um erro crasso.
Analisa Putin sob uma óptica meramente psicológica: “Es difícil saberlo, porque Putin está exhibiendo un estado mental típico de un autócrata trasnochado: errático y lleno de soberbia”.
Putin estaria então, como havia dito, meses atrás, a chanceler Merkel, “fora da realidade”. Perdido. Ora, a verdade é que não está! Está lúcido e sereno.
Os analistas ocidentais, como o inteligente Ash, é que estão na verdade…out. Porque ignoram ou não prestam a devida atenção à estratégia comunista, esse “espectro” que ainda paira sobre a Europa.
Putin é um homem da KGB.
Pensa dentro desse esquema de poder. Nunca deixou de praticar a “vigilância activa”.
Mas lá dirão, apelando ao argumentum ad ignorantiam, os patetas do costume: “Mas o comunismo não morreu?!”. Eureka! Ai de mim…
Há pouco tempo, um jovem dirigente do MpD, desses promissores que aprenderam o liberalismo político no Twitter, garantiu-me precisamente que sim, o comunismo “acabou mesmo”, sentenciou, para minha, é claro, completa felicidade espiritual!
Pois “morreu” e virou, ali no dulcíssimo reino do Além, vice-cônsul e estratego de Belzebu, de tal forma que consegue, hoje, desestabilizar a Europa inteira (provocando a maior crise geopolítica desde 1945), sobreviver tranquilamente na Ásia e dominar, através do Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro em 1990, a política latino-americana quase inteira, e praticamente sem contestação[1].
Nestes dias, prepara-se também para “morrer”, oh!, em Cuba, na óptica de atrair o capital e a tecnologia ocidentais, reforçando formidavelmente, ante a típica ingenuidade dos áulicos da “realpolitik”, a tirania da família Castro e comandita, para desgraça do bom povo cubano.
Estranha morte, essa, que reforça as energias e a clarividência da criatura tocada pelo infortúnio!
Revel, no seu livro Comment les démocraties finissent (Como acabam as democracias, publicado em 1983), um clássico do pensamento político, explicou-nos, em definitivo, as “linhas de falha” das democracias. É o Medo de Saber, no fundo.
O problema maior, explica, é a dificuldade em compreender a originalidade do comunismo. As suas leis, o seu mecanismo de funcionamento. Ganha-se imenso em estudar Revel.
Os analistas ocidentais cometem, normalmente, um erro de palmatória: tentam perceber o totalitarismo à luz dos quadros mentais da democracia liberal e/ou dos regimes políticos tradicionais, antecedentes.
Os politicantes da praça que repetem a ladainha do “desaparecimento” do comunismo (por medo de combatê-lo? Por ignorância genuína?!) ratificam espontaneamente esse equívoco.
As democracias estão viradas para o interior, para a promoção da cultura, da economia, das instituições da liberdade e do bem-estar.
O totalitarismo não. Está virado para fora, para a expansão contínua e ilimitada, anexando territórios e pilhando recursos (alheios) sob o pretexto da fraternidade universal.
Não foi à toa que George Orwell mencionou o “doublespeak”, em que as palavras significam, num radical processo de falsificação, exactamente o contrário da realidade.
Diz o grande mestre francês: “O comunismo, pelo contrário, está voltado, por necessidade, para o exterior, pois, porque constitui um fracasso social, é incapaz de engendrar uma sociedade viável. A Nomenklatura, conjunto dos burocratas-ditadores que dirigem o sistema, só encontra, portanto, onde empregar as suas capacidades no expansionismo”.
Foi assim com Hitler, foi assim com J. Estaline. Foi sempre assim. A história do séc. XX é uma prova cabal desta distinção essencial.
As democracias só entram em guerras defensivas, e por vezes tardiamente. Agora voltaram ao Iraque.
Nos EUA, por ex., existe uma sociedade civil crítica e vibrante, que exige, com uma constância admirável, o bom uso dos recursos federais.
Se a economia estiver em declínio, todos clamarão, do prof. Paul Krugman ao pobre carteiro do condado, pelo “corte” imediato nas despesas militares, apelando, pois, à racionalidade.
Ora, no mundo comunista, sem excepção, os gastos militares sempre cresceram apesar da derrocada económica ou da penúria nacional (vide a Coreia do Norte).
O filósofo Olavo de Carvalho havia notado, na sua raiz mesma, este fenómeno extraordinário: na Inglaterra, se faltar o pão e o povo estiver a sofrer, há um tumulto na Câmara dos Comuns, protestos vários, e o Governo cai; em Cuba, quanto maior for a miséria, maior é o poder e o prestígio da Nomenklatura, sendo Fidel e os restantes “heróis” aclamados, no grau zero da tragédia política, pela turba violenta e ensandecida pela propaganda.
A Rússia pode não saber fazer iPhones ou roupas de marca, mas possui um exército disciplinado, moderno e altamente bem equipado. Prepara-se todos os dias para uma guerra nuclear. Silencia a dissidência. A sua lógica é outra.
Revel zomba, muito justamente, com o brilhantismo que lhe era peculiar, da estratégia de Roosevelt e do velho Kissinger, lembrando a sua “balança de poder”, imagem resgatada do séc. XIX, e a sua tentativa desesperada de construir uma comum “estrutura de paz”.
A tontice, tida por muitos como a mais sábia política de “contenção”, produziu resultados catastróficos.
Não só a URSS, na altura, não cumpriu nenhum dos tratados assinados, de Ialta aos acordos de Helsínquia, como, em menos de uma década, se transmutou na mais temível superpotência militar do planeta, reforçando as suas posições na Ásia, África, Europa e América Latina e criando, aqui e ali, ditaduras marxistas por procuração.
O Ocidente sempre aceitava o facto consumado, no âmbito de uma pálida “détente” que só reforçava a ambição totalitária, a expensas dos “surdos-mudos” de que falava Lenine já em 1921. Putin, entre a chantagem e a intimidação, faz hoje a mesma coisa.
Primeiro conquistou posições na Ossétia do Sul; depois, volvido um lustro e encorajado pela abdicação dos “realistas”, na Crimeia, e agora em Lugansk e Donetsk.
Onde estão, todavia, as ruidosas passeatas “pela paz”? Sumiram!
É um poder belicoso, irrequieto, manipulador. Cínico e terrorista. A queda do avião comercial da Malaysia Airlines, um crime de guerra, desfez as dúvidas.
Amanhã, o Czar atacará outros vizinhos, tentando fortalecer o seu império “Eurasiano”. Faz parte do ritual.
Vai atacar no Sul do Cáucaso. A politóloga Brenda Shaffer indica-nos o que deve ser feito (http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/15439-criador-de-problemas.html). A desatenção é perniciosa e tem custos elevados.
Mihai Pacepa, ex-líder da Securitate, já nos alertou sobre o imenso perigo que anda por aí. E já nos avisou seriamente: “Quando você se curva a um tirano, ele te odeia ainda mais”.
A Coreia do Norte pode atacar os EUA através do pulso electromagnético, colapsando a sua rede de comunicações, o sistema financeiro e o abastecimento de água.
O Irão, por sua vez, está louco para destruir Israel e o Ocidente.
Khamenei é um “teólogo” fanático e ardiloso, um totalitário da linha dura Arzeshi (ver http://www.ionline.pt/artigos/mundo/ayatollah-khamenei-quer-190-mil-centrifugadoras-nucleares-no-irao e http://nationalinterest.org/feature/iran-khamenei-rouhani-face-culture-war-10668).
Foi, porém, a KGB que inventou, nos escritórios de Lubianka, o terrorismo árabe.
Andropov fez maravilhas. Donde vem, aliás, o armamento do Hamas?
Pacepa recomenda-nos a leitura do Relatório Truman (que encontrei aqui: https://www.trumanlibrary.org/whistlestop/study_collections/coldwar/documents/pdf/10-1.pdf).
Instiga-nos a lutar pela verdade, a denunciar as manobras ocultas, recusando, firmemente, a dezinformatzia.
Mas o nosso pessoal prefere ouvir a conversa do dr. Dario e informar-se, ávido de pieguices, no “Radar” de um semanário qualquer! É o triunfo da cultura light.
Quem se lembra de Revel? Quem se lembra, nestes dias, dos Estudos Estratégicos?
Tucídides
Timothy Garton Ash, catedrático de Estudos Europeus na Universidade de Oxford, Inglaterra, escreveu (no dia 17 de Setembro) um artigo estimulante no El País, enfrentando, sem temor, os novos problemas da ordem internacional: das ameaças bélicas dissimuladas do sr. Putin ao terror sórdido do autoproclamado “Estado Islâmico do Iraque e do Levante”, que faz tremer, pela crueldade, a própria Al-Qaeda.
É sempre um prazer ler Garton Ash e os seus comentários bem informados; deliciosos até.
Ademais, as democracias, regimes frágeis pela sua própria vocação e forma específica de legitimação, não suportam a falta de clareza estratégica, num mundo marcado, refira-se ainda, por guerras assimétricas, turbulências e poderes subversivos.
Ainda não é o “fim da história”, podem crer!
O saber, que os antigos chamavam logos, continua a ser a condição última da sobrevivência colectiva, da existência humana civilizada.
A questão da Ucrânia não é obsessiva, é premente.
O lente de Oxford continua:
“A União Europeia deve elaborar um plano de dez anos para a Ucrânia. E esse plano vai definir também o que será a Europa dentro de dez anos”.
É o chamado Plano Merkel, por analogia com o famoso plano norte-americano que permitiu a reconstrução da Europa a partir de 1947.
Para Ash, este plano é vital e não pode fracassar. Conservando a deliciosa prosa castelhana: “Si fracasa, volverá a fracasar Europa”.
O plano tem três componentes: militar, económica e política.
Mas o autor comete, a meu ver, um erro crasso.
Analisa Putin sob uma óptica meramente psicológica: “Es difícil saberlo, porque Putin está exhibiendo un estado mental típico de un autócrata trasnochado: errático y lleno de soberbia”.
Putin estaria então, como havia dito, meses atrás, a chanceler Merkel, “fora da realidade”. Perdido. Ora, a verdade é que não está! Está lúcido e sereno.
Os analistas ocidentais, como o inteligente Ash, é que estão na verdade…out. Porque ignoram ou não prestam a devida atenção à estratégia comunista, esse “espectro” que ainda paira sobre a Europa.
Putin é um homem da KGB.
Pensa dentro desse esquema de poder. Nunca deixou de praticar a “vigilância activa”.
Mas lá dirão, apelando ao argumentum ad ignorantiam, os patetas do costume: “Mas o comunismo não morreu?!”. Eureka! Ai de mim…
Há pouco tempo, um jovem dirigente do MpD, desses promissores que aprenderam o liberalismo político no Twitter, garantiu-me precisamente que sim, o comunismo “acabou mesmo”, sentenciou, para minha, é claro, completa felicidade espiritual!
Pois “morreu” e virou, ali no dulcíssimo reino do Além, vice-cônsul e estratego de Belzebu, de tal forma que consegue, hoje, desestabilizar a Europa inteira (provocando a maior crise geopolítica desde 1945), sobreviver tranquilamente na Ásia e dominar, através do Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro em 1990, a política latino-americana quase inteira, e praticamente sem contestação[1].
Nestes dias, prepara-se também para “morrer”, oh!, em Cuba, na óptica de atrair o capital e a tecnologia ocidentais, reforçando formidavelmente, ante a típica ingenuidade dos áulicos da “realpolitik”, a tirania da família Castro e comandita, para desgraça do bom povo cubano.
Estranha morte, essa, que reforça as energias e a clarividência da criatura tocada pelo infortúnio!
Revel, no seu livro Comment les démocraties finissent (Como acabam as democracias, publicado em 1983), um clássico do pensamento político, explicou-nos, em definitivo, as “linhas de falha” das democracias. É o Medo de Saber, no fundo.
O problema maior, explica, é a dificuldade em compreender a originalidade do comunismo. As suas leis, o seu mecanismo de funcionamento. Ganha-se imenso em estudar Revel.
Os analistas ocidentais cometem, normalmente, um erro de palmatória: tentam perceber o totalitarismo à luz dos quadros mentais da democracia liberal e/ou dos regimes políticos tradicionais, antecedentes.
Os politicantes da praça que repetem a ladainha do “desaparecimento” do comunismo (por medo de combatê-lo? Por ignorância genuína?!) ratificam espontaneamente esse equívoco.
As democracias estão viradas para o interior, para a promoção da cultura, da economia, das instituições da liberdade e do bem-estar.
O totalitarismo não. Está virado para fora, para a expansão contínua e ilimitada, anexando territórios e pilhando recursos (alheios) sob o pretexto da fraternidade universal.
Não foi à toa que George Orwell mencionou o “doublespeak”, em que as palavras significam, num radical processo de falsificação, exactamente o contrário da realidade.
Diz o grande mestre francês: “O comunismo, pelo contrário, está voltado, por necessidade, para o exterior, pois, porque constitui um fracasso social, é incapaz de engendrar uma sociedade viável. A Nomenklatura, conjunto dos burocratas-ditadores que dirigem o sistema, só encontra, portanto, onde empregar as suas capacidades no expansionismo”.
Foi assim com Hitler, foi assim com J. Estaline. Foi sempre assim. A história do séc. XX é uma prova cabal desta distinção essencial.
As democracias só entram em guerras defensivas, e por vezes tardiamente. Agora voltaram ao Iraque.
Nos EUA, por ex., existe uma sociedade civil crítica e vibrante, que exige, com uma constância admirável, o bom uso dos recursos federais.
Se a economia estiver em declínio, todos clamarão, do prof. Paul Krugman ao pobre carteiro do condado, pelo “corte” imediato nas despesas militares, apelando, pois, à racionalidade.
Ora, no mundo comunista, sem excepção, os gastos militares sempre cresceram apesar da derrocada económica ou da penúria nacional (vide a Coreia do Norte).
O filósofo Olavo de Carvalho havia notado, na sua raiz mesma, este fenómeno extraordinário: na Inglaterra, se faltar o pão e o povo estiver a sofrer, há um tumulto na Câmara dos Comuns, protestos vários, e o Governo cai; em Cuba, quanto maior for a miséria, maior é o poder e o prestígio da Nomenklatura, sendo Fidel e os restantes “heróis” aclamados, no grau zero da tragédia política, pela turba violenta e ensandecida pela propaganda.
A Rússia pode não saber fazer iPhones ou roupas de marca, mas possui um exército disciplinado, moderno e altamente bem equipado. Prepara-se todos os dias para uma guerra nuclear. Silencia a dissidência. A sua lógica é outra.
Revel zomba, muito justamente, com o brilhantismo que lhe era peculiar, da estratégia de Roosevelt e do velho Kissinger, lembrando a sua “balança de poder”, imagem resgatada do séc. XIX, e a sua tentativa desesperada de construir uma comum “estrutura de paz”.
A tontice, tida por muitos como a mais sábia política de “contenção”, produziu resultados catastróficos.
Não só a URSS, na altura, não cumpriu nenhum dos tratados assinados, de Ialta aos acordos de Helsínquia, como, em menos de uma década, se transmutou na mais temível superpotência militar do planeta, reforçando as suas posições na Ásia, África, Europa e América Latina e criando, aqui e ali, ditaduras marxistas por procuração.
O Ocidente sempre aceitava o facto consumado, no âmbito de uma pálida “détente” que só reforçava a ambição totalitária, a expensas dos “surdos-mudos” de que falava Lenine já em 1921. Putin, entre a chantagem e a intimidação, faz hoje a mesma coisa.
Primeiro conquistou posições na Ossétia do Sul; depois, volvido um lustro e encorajado pela abdicação dos “realistas”, na Crimeia, e agora em Lugansk e Donetsk.
Onde estão, todavia, as ruidosas passeatas “pela paz”? Sumiram!
É um poder belicoso, irrequieto, manipulador. Cínico e terrorista. A queda do avião comercial da Malaysia Airlines, um crime de guerra, desfez as dúvidas.
Amanhã, o Czar atacará outros vizinhos, tentando fortalecer o seu império “Eurasiano”. Faz parte do ritual.
Vai atacar no Sul do Cáucaso. A politóloga Brenda Shaffer indica-nos o que deve ser feito (http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/15439-criador-de-problemas.html). A desatenção é perniciosa e tem custos elevados.
Mihai Pacepa, ex-líder da Securitate, já nos alertou sobre o imenso perigo que anda por aí. E já nos avisou seriamente: “Quando você se curva a um tirano, ele te odeia ainda mais”.
A Coreia do Norte pode atacar os EUA através do pulso electromagnético, colapsando a sua rede de comunicações, o sistema financeiro e o abastecimento de água.
O Irão, por sua vez, está louco para destruir Israel e o Ocidente.
Khamenei é um “teólogo” fanático e ardiloso, um totalitário da linha dura Arzeshi (ver http://www.ionline.pt/artigos/mundo/ayatollah-khamenei-quer-190-mil-centrifugadoras-nucleares-no-irao e http://nationalinterest.org/feature/iran-khamenei-rouhani-face-culture-war-10668).
Foi, porém, a KGB que inventou, nos escritórios de Lubianka, o terrorismo árabe.
Andropov fez maravilhas. Donde vem, aliás, o armamento do Hamas?
Pacepa recomenda-nos a leitura do Relatório Truman (que encontrei aqui: https://www.trumanlibrary.org/whistlestop/study_collections/coldwar/documents/pdf/10-1.pdf).
Instiga-nos a lutar pela verdade, a denunciar as manobras ocultas, recusando, firmemente, a dezinformatzia.
Mas o nosso pessoal prefere ouvir a conversa do dr. Dario e informar-se, ávido de pieguices, no “Radar” de um semanário qualquer! É o triunfo da cultura light.
Quem se lembra de Revel? Quem se lembra, nestes dias, dos Estudos Estratégicos?
[1] Numa declaração recente, e sombria, o professor e sociólogo comunista Boaventura de Sousa Santos (http://www.youtube.com/watch?v=ssJWTq_zRQI) reconhece essa hegemonia da esquerda no Brasil, fruto de uma agressiva campanha gramsciana desde os tempos da ditadura militar; chega ao ridículo de sugerir, criticando, aliás, Marina Silva, que a independência do Banco Central, tão odiada pelo PT, é um sinal intolerável do “neoliberalismo” e, sobretudo, o fim das políticas sociais! Como sabemos, nos Estados Unidos da América e na Nova Zelândia, onde o BC é independente, as pessoas, com um rendimento per capita risível, vivem na mais extrema miséria e contam, coitadinhas!, com uma educação e uma saúde de baixíssimo nível, enquanto Cuba e Venezuela, sob a batuta científica do socialismo totalitário, são já modelos da prosperidade, da liberdade e da riqueza sem fim. God save the ignorance!
29 de setembro de 2014
Casimiro de Pina é jurista e autor do livro 'Ensaios Jurídicos: Entre a Validade-Fundamento e os Desafios Metodológicos'.
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