Falar mal de políticos é barbada. É só escolher a cor, o tamanho, a origem e atirar. Erro será coisa rara! Dos partidos também. Por vezes, esquecemos que são feitos por pessoas e que refletem a imagem e semelhança de seus donos. Nem os milhares/milhões de filiados são a garantia de coisa alguma! Alguns poucos, escolhidos ou que se escolhem, detém o poder de tudo.
Quando afirma-se que os partidos se transformaram em máquinas de poder e organizações criminosas, é dizer uma verdade incontestável. Todos, desgraçadamente, fazem parte do mesmo jogo e navegam na mesma lama.
Nem mesmo os pequenos e ainda ideológicos (poucos) pode-se dizer que não estão envolvidos. A maioria divide o poder e age sem limites – tudo vale. Já a minoria, muito distante de atingi-lo, invariavelmente parte para a “bagunça”. basta ver sua atuação nas ditas “mobilizações e revoltas populares”.
O que fazer? Votar no partido ou no candidato? Qualquer proposta que adote o viés da substituição do atual modelo eleitoral, candidatos/partidos por candidatos individuais (vulgarmente conhecido como “candidato de si mesmo” ou “votar na pessoa”), esbarrará nas mesmas dificuldades e o resultado não será diferente do atual. E o eleito estará mais solto ainda!
UMA MÁ ESCOLHA
A escolha sem responsabilidade, sem qualidade, sem fundamentos nos leva aos mesmos resultados: uma má escolha.
E por que é assim? Simplesmente pela razão de que o problema não se encontra no escolhido, mas com quem escolhe! No sistema atual, mesmo com a podridão dos partidos, em cada um deles ainda têm pessoas boas, raras mas têm. Por que não são eleitas? Quem dá o voto ao candidato? parece que o eleitor quer ser enganado, gosta de sofrer decepções.
Somente uma reforma séria, que feche as portas/janelas à corrupção, que elimine 90% dos partidos atuais; que impeça a profissionalização política, que inviabilize a orgia de recursos públicos/privados; que proíba reeleições intermináveis; que elimine políticos condenados e aqueles que desrespeitam a própria lei eleitoral; e que tenha uma fiscalização permanente e de verdade — somente uma reforma assim mudará o quadro atual e permitirá ao eleitor a possibilidade de escolher melhores representantes.
Do lixo só sai lixo! Do jeito que está, não há clima e nem salubridade para a participação de bons cidadãos escolherem representantes dignos e responsáveis.
Mudança já! Será o começo de uma nova nação.
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