O velho homem procura um lugar para descansar.
O velho homem pertence a outro tempo e não sabe mais dos caminhos que antes conhecia.
O velho homem ainda escreve poemas e muitas vezes chora sozinho sem saber porquê.
O velho homem procura um lugar para descansar. Mas não existe esse lugar que o velho homem procura.
O velho homem vê tudo distante e começa a esquecer das imagens que costumava guardar no coração.
O velho homem só procura um lugar para descansar. Quer conversar consigo mesmo mas não sabe mais como usar as palavras.
O velho homem anda pelas ruas como se observasse as sombras.
O velho homem sonha com o mar.
O velho homem esqueceu amores, esqueceu das amoras, das cerejas, não sabe mais colher figos.
O velho homem quer adormecer. Mas antes gostaria de colher uvas com uma camponesa de Portugal. Mas antes gostaria de molhar os pés num rio.
O velho homem procura um lugar para descansar.
05 de junho de 2014
Álvaro Alves de Faria
O velho homem pertence a outro tempo e não sabe mais dos caminhos que antes conhecia.
O velho homem ainda escreve poemas e muitas vezes chora sozinho sem saber porquê.
O velho homem procura um lugar para descansar. Mas não existe esse lugar que o velho homem procura.
O velho homem vê tudo distante e começa a esquecer das imagens que costumava guardar no coração.
O velho homem só procura um lugar para descansar. Quer conversar consigo mesmo mas não sabe mais como usar as palavras.
O velho homem anda pelas ruas como se observasse as sombras.
O velho homem sonha com o mar.
O velho homem esqueceu amores, esqueceu das amoras, das cerejas, não sabe mais colher figos.
O velho homem quer adormecer. Mas antes gostaria de colher uvas com uma camponesa de Portugal. Mas antes gostaria de molhar os pés num rio.
O velho homem procura um lugar para descansar.
05 de junho de 2014
Álvaro Alves de Faria
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