"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A TEIA DO DOLEIRO YOUSSEF

Deputado baiano envolvido com doleiro se esquiva de acusações
 


Após ter seu nome envolvido em um novo escândalo ligado à Petrobras, o presidente do PP baiano, o deputado federal Mário Negromonte, voltou a negar qualquer vínculo com o doleiro Alberto Youssef que, segundo a revista Veja, chefiava um esquema de “pedágio” para negócios com a estatal.
O irmão do pepista, Adarico Negromonte, foi apontado pela publicação como um dos receptores das propinas cobradas pelo lobista.

Ao Bahia Notícias, o parlamentar reafirmou que só o viu “uma vez na vida”. "Eu tenho 11 irmãos, se um irmão meu falou alguma coisa com alguém, eu repondo por isso?", questionou. "A doação foi feita de empresa para partido e o partido prestou contas ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e teve as contas aprovadas.
O meu nome não está envolvido em nada, não tem gravação, não tem mensagem, nem tenho dinheiro em conta de assessor", descartou Negromonte. Sobre o irmão, o parlamentar relatou ter ligado para Adarico e recebido dele a informação de que fez contato com Youssef, mas não houve qualquer intermediação de favorecimento. "Ele foi à agência de turismo com um amigo, mas disse que não tem nenhuma vinculação com o cara [Youssef]. Também não tem ligação, mensagem ou depósito", declarou.

Outro deputado citado pela revista como beneficiado pelo esquema foi Luiz Argôlo (SDD-BA), que descartou relação com a polêmica.
Documentos apreendidos com Youssef – preso há três semanas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal – mostrariam depósitos para Adarico e Argôlo. Investigadores suspeitam que Luiz seria o “LA”, interlocutor que trocou mensagens com o doleiro, em que chegava a cobrar a transferência de dinheiro.
A origem dos valores recebidos seriam “comissões” pagas para facilitar o acesso ao cadastro de fornecedores da Petrobras.

09 de abril de 2014
Marco Russo, Rebeca Menezes e Evilásio Júnior / Bahia Notícias

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