Primeiro levantamento técnico da Fifa antes de o Brasil ser escolhido como sede, em 2007, vira coleção de promessas quebradas e avaliações duvidosas
Dilma se encontra com o presidente da Fifa, Josep Blater, em Zurique, na Suíça (AP)
O informe foi produzido e assinado por Hugo Salcedo, que coordenou a primeira inspeção no Brasil entre agosto e setembro de 2007. Na época, a Fifa considerou que o orçamento havia sido "bem preparado" e que "não havia dúvidas" sobre o compromisso do Brasil de atender às exigências. Curiosamente, a Fifa esteve em apenas cinco das dezoito cidades que naquele momento brigavam para receber a Copa. Das escolhidas, não foram visitadas Fortaleza, Recife, Salvador, Natal, Curitiba, Cuiabá e Manaus.
A Fifa não disfarçava que o trabalho de reforma e construção dos estádios seria um desafio. "Os padrões e exigências da Fifa vão superar em muito qualquer outro evento realizado na história do Brasil em termos de magnitude e complexidade. Nenhum dos estádios no Brasil estaria em condições de receber um jogo da Copa nos atuais estados", dizia o comunicado de 2007. "A Fifa deve prestar uma especial atenção nos projetos."
Aeroportos - O relatório elaborado antes de o Brasil ganhar o direito de sediar a Copa é, hoje, verdadeira coleção de promessas quebradas e avaliações duvidosas. "A infraestrutura de transporte aéreo e urbano poderia atender de forma confortável as demandas da Copa". O transporte urbano também seria suficiente e a Fifa garantia que um "serviço de trem de alta velocidade vai ligar Rio e São Paulo". Considerava a infraestrutura hoteleira suficiente e, ao avaliar o sistema de saúde, fez elogios aos hospitais, apontados como "referência internacional".
27 de janeiro de 2014
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