O coronel da PM Reynaldo Simões Rossi foi agredido por um manifestante mascarado durante o protesto que terminou em confronto e vandalismo na região central de São Paulo, nesta sexta-feira. O policial foi atingido na parte de trás da cabeça e foi encaminhado ao Hospital das Clínicas.
Por volta das 22h50, os manifestantes já tinham dispersado. Ao menos 78 foram detidos no ato.
. O coronel foi socorrido por dois policiais militares, que o levaram a um carro da corporação carregado. Ao ser levado, ele gritava aos colegas: "segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça".
A arma do policial também foi roubada durante o ato. O coronel está consciente, mas permanece em observação no HC, onde passará por exames.
A confusão começou por volta das 20h20, quando os manifestantes invadiram o terminal e depredaram 18 caixas eletrônicos, dois ônibus e cinco cabines de venda de bilhete. A polícia respondeu com bombas. Telefones públicos ficaram destruídos e extintores de incêndio foram usados para quebrar vidros e cabines de venda de bilhete.
Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Coronel da Polícia Militar é cercado e agredido por manifestantes
no centro de São Paulo
A vendedora de uma cabine de recarga de celulares que funciona na frente do terminal afirmou que dois mascarados levaram R$ 1.500 do local. Segundo Andreia da Silva Lima, 30, eles bateram na cabine e a mandaram sair levando apenas a bolsa. Ela diz que conseguiu levar a bolsa e o celular da empresa.
Um quiosque de lanches que funciona dentro do terminal permaneceu intacto. "Eles mesmo gritaram para não quebrar nada daqui", disse Sandra Souza, 35, funcionária do quiosque.
Por volta das 21h, o grupo se dispersou por ruas da região, onde foram depredadas ao menos três agências bancárias, sendo elas dos bancos Safra, Santander e Itaú. A PM usava bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Esse é o terceiro ato promovido pelo grupo nesta semana. Os dois primeiros ocorreram nas regiões do Grajaú e do Campo Limpo (zona sul) e pediam melhorias no transporte local.
Na quarta-feira, a manifestação terminou em confronto com policiais militares na avenida Atlântica, quando manifestantes quebraram o vidro de um carro que furou o bloqueio do grupo. Já no ato de ontem (24), a SPTrans fechou o Terminal Campo Limpo por mais de uma hora para impedir a entrada dos manifestantes.
O MPL foi o responsável pela onda de protestos ocorrida em junho e que causou a redução do preço da tarifa de ônibus em todo o país. Segundo o movimento, protestos em série ocorrem em outubro desde 2004, ano em que houve a "revolta da catraca", em Florianópolis, quando o MPL surgiu
26 de outubro de 2013
Folha de São Paulo
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