"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

QUEM ESTÁ MAL INFORMADO?


 
Faltando mais de um ano para a disputa eleitoral, a Presidente Dilma, ao antecipar a campanha pelas redes sociais, numa espécie de convescote cibernético com seu alter ego no twiter, qualificou de mal informado o periódico "The Economist", quando este, em recente matéria, faz uma comparação entre a economia do Brasil de hoje com a de quatro anos atrás. 
 
Eis alguns dos pontos abordados na reportagem da revista inglesa: 
 
-o crescimento de 0,9% em 2012, contra os 7,5% em 2008; 
 
-o absurdo da carga tributária que desestimula os investidores; 
 
-os enormes gastos governamentais, apesar do atendimento precário dos serviços públicos básicos de transporte, educação, saúde e segurança, ao mesmo tempo exaurindo os contribuintes; 
 
-os 1.5% do PIB aplicados em infraestrutura contra a média global de 3.8%, com a consequente deterioração do sistema, o que tira a competitividade da produção, citando o exemplo do estado do Mato Grosso do Sul, onde um plantador de soja gasta 25% do seu produto para levá-lo ao porto, comparado com um de Iowa, que despende 9%; 
 
-as altíssimas as tarifas de importação, com obstrucionismos alfandegários paquidérmicos; 
 
-o esconderijo improdutivo do Mercosul, sem a iniciativa de procurar redes e acordos mais dinâmicos e vantajosos de comércio internacional; 
 
-a interferência governamental  na atuação do Banco Central, determinando a queda artificial de juros, obrigando-o posteriormente a inverter a tendência, face à inflação persistente; 
-o aumento preocupante da dívida pública; 
 
-a exagerada intrusão oficial nos projetos de privatização, afastando os possíveis investidores; 
 
-a pouca disposição para realizar as reformas que o país necessita desesperadamente, entre as quais a da previdência e principalmente a política, sem a qual país se vê obrigado a conviver com 32 partidos, sem o menos significado conceitual e a manter um ministério com incríveis 39 pastas para satisfazer as teias eleitorais de manutenção do poder. 
 
Com este quadro esquemático, acrescido do fato de que nossa mais importante empresa pública, a Petrobrás, detentora de valioso patrimônio tecnológico e de recursos humanos, está em situação de penúria, em virtude de execução de projetos equivocados e irresponsáveis originários do poder central, com o objetivos políticos explícitos, é lícito  questionar se o periódico inglês está mal informado ou se é a Presidente que está usando uma linguagem fugaz e enganadora, bem do tipo bolivariana, que garanta sua reeleição.  
 
30 de setembro de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, Reformado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário