Há alguns meses o programa Farsantástico, com o apoio da ONG Amigos da Terra, fez uma série de reportagens mostrando a situação calamitosa dos abatedouros pelo Brasil afora. Certíssimo. Temos mesmo que tomar muito cuidado com a carne que comemos.
Acontece que logo depois do encerramento da série de reportagens, Toni Ramos, artista da Globo, entra em cena em uma maciça campanha de marketing mostrando a excelência da carne produzida pela Friboi, hoje quase detentora do monopólio do setor, graças a uma “ajudazinha modesta” do BNDES de mais de R$ 7 bilhões. E tem mais: as peças publicitárias sugerem ao consumidor que somente o produto dessa empresa garante a qualidade da carne.
Foi aí que a senadora Kátia Abreu (PR-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) subiu nas tamancas e, em discurso na tribuna do Senado, denunciou um “marketing enganoso” no ramo de comércio da carne bovina. Reforçando sua posição em artigo publicado na Folha de S.Paulo (Arquitetura do monopólio, 19/8), acusou o Grupo JBS, dono da marca Friboi, de se aproveitar de vultosos empréstimos obtidos no BNDES para buscar o monopólio do setor. Com respaldo do poder público, estaria ocorrendo um “massacre publicitário” contra as demais empresas frigoríficas do País.
Para “esquentar” ainda mais o imbroglio, corre por aí o boato que Lulinha, o filho-prodígio do apedeuta, é um dos grandes acionistas da Friboi, o que explicaria, em parte, tamanho aporte financeiro do governo.
Bela porcaria - Filet mignon da Friboi, aberto ontem por mim: muita pelanca e pouca carne. |
03 de setembro de 2013
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