"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

GOVERNO CRIA CÂMARA DE RELAÇÕES EXTERIORES E TIRA PODER DE ERNESTO ARAUJO

Por decreto, presidente cria órgão interministerial para 'formular as políticas públicas e diretrizes' das áreas de Relações Exteriores e de Defesa

General Augusto Heleno, ministro chefe do GSI: comando indireto da política externa brasileira - 16/05/2019 (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Por decreto, o presidente Jair Bolsonaro criou a Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional, com a missão de “formular as políticas públicas e diretrizes” para as duas áreas. 
O comando desse novo organismo interministerial ficará a cargo do ministro do gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e, com base na sua composição, as decisões de política externa deixarão de ser tomadas exclusivamente pelo Itamaraty.

No Ministério das Relações Exteriores, a iniciativa foi vista como uma “camisa de força” no chanceler Ernesto Araújo, um seguidor do guru antiglobalista Olavo de Carvalho
Desde antes da posse do governo Bolsonaro, a ala militar tenta conter os arroubos do ministro que poderiam prejudicar as relações do Brasil com o mundo árabe, a China e outros parceiros.

Em uma das formas de controle, o próprio presidente enviou o vice Hamilton Mourão para um encontro do Grupo de Lima em Bogotá, Colômbia, em fevereiro passado, com o objetivo de tratar da escalada da crise política da Venezuela. Mais recentemente, Mourão viajou para Pequim em uma missão que, no passado, seria cumprida pelo chanceler.

O decreto 9.819 foi publicado na edição de terça-feira 4 do Diário Oficial da União. Prevê que, além do GSI, participarão desse novo colegiado – nesta ordem – o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, os ministros da Justiça, Sergio Moro, da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Economia, Paulo Guedes, da Infraestrutura, capitão Tarcísio Gomes de Freitas, da Agricultura, Tereza Cristina, da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, de Ciência e Tecnologia, tenente-coronel Marcos Pontes, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.


05 de junho de 2019
Denise Chrispim Marin
VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário