O ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto, apontado como operador do PSDB, colocava notas de dinheiro ao sol “para que elas não mofassem”.
Segundo o procurador da República Roberson Pozzobon, a informação foi confirmada por delatores que colaboraram com a Operação Lava Jato.
Além da prisão de Paulo Preto, os policiais federais que participam da Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato, lançada na manhã desta terça-feira (19), também fizeram buscas em endereços do ex-ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira.
Inclusive, Aloysio é acusado de ter recebido, em 2007, um cartão de crédito vinculado à conta utilizada por Paulo Preto para receber propina em um banco da Suíça, como noticiou a RENOVA.
Uma das bases da investigação é a delação premiada do operador de propinas Adir Assad.
Em um trecho da sua delação, segundo o jornalista Fausto Macedo, Assad afirmou:
“O escárnio era tão grande que Adir Assad revelou que não conseguiu buscar todos os valores por si, mandou emissários buscarem o dinheiro nesse endereço de Paulo Preto. Esses emissários falaram: ‘olha, às vezes a gente ia buscar o dinheiro nesse apartamento, tinha um quarto só para guardar notas de dinheiro. Só que como era um quarto úmido, algumas vezes a gente via Paulo Preto colocando as notas de reais para tomar sol, porque senão elas emboloravam’.”
E acrescentou:
“Paulo Preto possuía um grande volume de recursos em espécie no Brasil. Segundo Adir Assad relatou, ele pretendia remeter esses valores ao exterior e fez isso com essa operação casada para a Odebrecht.”
De acordo com o procurador Roberson Pozzobon, o “bunker” de dinheiro de Paulo Preto tinha o dobro de dinheiro do que o que havia no apartamento usado pelo ex-deputado Geddel Vieira Lima para armazenar dinheiro de propina.
Segundo o procurador, o operador do PSDB tinha cerca de R$ 100 milhões em espécie em dois apartamentos em São Paulo, como registrou o G1.
19 de fevereiro de 2019
renova mídia
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