O procurador da República Roberson Pozzobon confirmou, nesta terça-feira (19), que três empreiteiras transferiram recursos para conta na Suíça do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza.
Paulo Vieira, vulgo Paulo Preto, foi preso nesta manhã na 60ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Ad Infinitum.
A suspeita é que Vieira tenha ajudado a lavar dinheiro no esquema de corrupção investigado utilizando contratos e joint ventures de fachada.
Os investigadores da Operação Lava Jato descobriram uma solicitação para entrega de um cartão de crédito aos cuidados do ex-ministro das Relações Exteriores e ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), vinculado às contas do esquema, informa o Jornal do Brasil.
“Considerando essa solicitação do cartão de crédito, solicitamos autorização para mandados de busca e apreensão nos endereços do ex-chanceler”, afirmou Pozzobon.
O procurador da República acrescentou que trata-se de um esquema criminoso “complexo” que demandou a cooperação de países como Suíça, Bahamas, Cingapura e Espanha, que forneceram extrato das movimentações financeiras dos investigados.
Ainda há a suspeita de que parte da propina tenha sido transferida para Hong Kong e Taiwan.
19 de fevereiro de 2019
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