Os invasores aparentemente se aproveitaram de uma falha no Microsoft SharePoint, ferramenta de software para colaboração em equipe.
Em uma pasta de 500 MB, segundo o “TecMundo“, “é possível encontrar incidentes de segurança que aconteceram entre 2017 e 2019 em áreas da Vale no Brasil, Canadá, Moçambique, Nova Caledônia e Indonésia”.
O site de tecnologia TecMundo alega ter recebido — por intermédio de uma fonte anônima — os documentos na terça-feira (29).
Os documentos internos mostram como a mineradora Vale lida e categoriza incidentes que aconteçam com funcionários ou ambientais.
Em meio à tragédia envolvendo a cidade mineira de Brumadinho, que já contabiliza 99 mortos, RENOVA recomenda que vocês leiam a matéria, que está extremamente rica em detalhes.
Os hackers também enviaram uma nota ao TecMundo sobre os motivos da invasão. Leia abaixo a íntegra:
“Quanto vale uma vida? Para a Vale do Rio Doce uma vida é apenas um número, uma cifra, um ponto estatístico, um risco mensurável na reputação da marca. Achamos que teriam aprendido com experiências passadas, mas é simplesmente impossível que percebam valor de uma vida, se eu mato 65 pessoas sou retirado de circulação, se uma empresa do tamanho dela mata, recebem uma multa e continuam operando normalmente. Uma multa! Não é a toa que assim a vida também tenha um preço. Eu e você todos temos um preço nessa tabela, é questão de tempo para sermos os próximos, assim que isso for rentável. Não iremos ficar quietos, lutaremos contra a estupidez com a informação. Quanto vale a vida? A vida vale mais do que a vale”.
30 de janeiro de 2019
renova mídia
Nenhum comentário:
Postar um comentário