Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, o valor foi entregue em espécie no dia 31 de maio daquele ano, como pagamento pela contribuição de Renan Calheiros à aprovação no Senado de um projeto de interesse da Brasken, para pôr fim a incentivos fiscais a produtos importados.
Num pedido de busca e apreensão da Operação Armistício, realizada no final do ano passado, a PGR identificou Fabio Brito Matos como responsável pelo recebimento do dinheiro na sede de empresas de Milton Lyra em São Paulo.
“Milton Lyra atuava como um verdadeiro intermediário do parlamentar, e assim era reconhecido pelas pessoas que buscavam entrar em contato com o senador”, diz o documento, obtido pelo site “O Antagonista“.
Na delação premiada, os executivos da Odebrecht mostraram que a entrega para “Justiça” (codinome de Renan Calheiros) só seria efetivada mediante a senha “justo”. O dinheiro foi disponibilizado por meio de doleiros que mantinham contratos fictícios com a construtora.
21 de janeiro de 2019
renova mídia
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