Após a detecção em março do ano passado, as imagens foram analisadas por astrônomos e as conclusões foram divulgadas nesta quarta-feira (9).
Batizado de MAXI J1820+070, o buraco negro fica relativamente perto da Terra – a 10 mil anos-luz daqui. Os equipamentos da Estação Espacial detectaram um imenso jato de luz de raios-x, que chamou a atenção dos cientistas.
Depois de analisar o material, segundo a “BBC Brasil“, os cientistas concluíram que se tratava de um fenômeno interessantíssimo: um buraco negro observado em meio a uma explosão, uma fase extrema em que ele emite rajadas de energia enquanto absorve um amontoado gigantesco de gás e poeira de uma estrela próxima.
A astrônoma Erin Kara, pesquisadora da Universidade de Maryland e principal autora da descoberta, explicou:
Muitos milhões de buracos negros existem em nossa galáxia. Nós só os vemos quando estão em um sistema binário com outra estrela, uma estrela normal como o nosso sol. Os buracos negros podem puxar material da superfície da estrela, acumulando material, pouco a pouco, na forma de um disco – chamado disco de acreção – ao redor dele.
E continuou:
Às vezes, ocorre uma instabilidade, e uma avalanche desse material estelar cai no buraco negro, criando uma enorme energia e radiação, na forma de um jato de emissão de raios-x da região muito perto do buraco negro, chamado de coroa. Temos agora novos resultados sobre a extensão espacial e a evolução da coroa e do disco durante uma explosão.
10 de janeiro de 2019
renova mídia
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