Em uma ação que consumiu menos de cinco minutos, cerca de 50 militantes sem-teto invadiram nesta segunda-feira (16) o apartamento tríplex atribuído ao ex-presidente Lula e pivô de sua condenação na Lava Jato.
O grupo faz parte do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), coordenado por Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL e uma das lideranças sociais mais próximas de Lula.
O grupo faz parte do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), coordenado por Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL e uma das lideranças sociais mais próximas de Lula.
“É uma denúncia da farsa judicial que levou Lula à prisão. Se o tríplex é dele, então o povo está autorizado a ficar lá. Se não é, precisam explicar por que ele está preso”, diz Boulos.
VINTE ÔNIBUS – A ação foi acompanhada pela Folha. Cerca de cem pessoas, divididas em ônibus, chegaram ao edifício Solaris de madrugada para o ato.
Uma parte do grupo, cerca de 50 militantes, pulou as grades de acesso ao prédio e subiu 16 lances de escada. Ao chegar ao apartamento, após arrombamento da porta, os militantes encontraram uma geladeira, um fogão e um micro-ondas, além de camas.
Eles fixaram bandeiras do movimento na varanda com vista para o mar. Da sacada do prédio, gritam: “Não tem arrego. Ou solta o Lula ou não vai ter sossego”.
Integrante da Frente Povo Sem Medo, da qual o movimento faz parte, Andreia Barbosa afirmou que o grupo ficaria o tempo que for necessário para fazer uma demonstração de que Lula é inocente. “Se o apartamento é do Lula, ele que peça a integração de posse”, diz Andreia.
PM NO LOCAL – Um representante do condomínio bateu na porta, que esta travada por um pedaço de madeira, e perguntou se os militantes tinham ciência de que estavam cometendo um crime. Em resposta, ouviu que só deixariam o apartamento com decisão judicial.
No início da tarde, a Polícia Militar informou aos sem-teto que poderia ser obrigada pela Justiça a cumprir a reintegração de posse e pediu que eles se retirassem voluntariamente. O MTST decidiu, então, sair do imóvel pacificamente. Cerca de 50 pessoas participaram da invasão.
18 de abril de 2018
Catia Seabra e Mônica Bergamo
Folha
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