"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

COM BASE NO DATAFOLHA, JOAQUIM BARBOSA DECOLA PARA UMA CAMPANHA VIÁVEL (ME ENGANA, QUE EU GOSTO!)


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Barbosa mostra que tem chances de se eleger
Foi o que aconteceu no final de semana e ontem, na segunda feira. O Datafolha de domingo, edição da Folha de São Paulo, colocou Joaquim Barbosa com boa penetração junto ao eleitorado. Ontem, reportagem de Maria Lima e Geralda Doca,  em O Globo, destacou o ex-presidente do STF como um fator de peso nas urnas de outubro. Este são os fatos, mas a decolagem efetiva vai depender do próprio Joaquim Barbosa apresentar-se como candidato escolhido pelo PSB. As duas matérias proporcionaram um rumo novo à campanha eleitoral e Joaquim Barbosa passa a ser uma alternativa na disputa pelo Palácio do Planalto.
Maria Lima e Geralda Doca comentam que Barbosa  apareceu na pesquisa do Datafolha à frente de Geraldo Alckmin e Ciro Gomes numa alternativa formulada para os quadros prováveis do embate e, portanto, do debate a ser travado até à chegada final nos dias 7 e 28 de outubro.
SEM CHANCES – O levantamento do Datafolha funcionou também para desestimular Henrique Meirelles, Flávio Rocha, Rodrigo Maia e Manoela D’Avila  em se colocar no panorama da sucessão. O mesmo se aplica a Paulo Rabelo de Castro, João Amoêdo etc. Mas esta é outra questão. O fato é que a manchete de página de O Globo sensibilizou parte pensante dos eleitores.
A base de Joaquim Barbosa foi estabelecida. O Globo fez com que ele decolasse. Era apenas uma distante promessa e passou a ser uma possibilidade. Ele traz consigo a batalha contra a corrupção, na linha que ele projetou no mensalão e Sérgio Moro seguiu no escândalo da Petrobrás.
GRANDE ELEITOR – Aliás, por falar em Sérgio Moro, pelo que se ouve nas ruas, o juiz federal pode se tornar o grande eleitor de 2018. Sua imagem é amplamente positiva e até sErve de exemplo de firmeza e integridade.
Com os episódios de domingo e segunda-feira, Joaquim Barbosa passa a ser procurado por seus correligionários do PSB e também de outros partidos que passaram a admitir aliança com ele. Agora o destino está traçado e o Datafolha mostrou a limitação de Jair Bolsonaro para o segundo turno. Nas simulações produzidas, ele perde para Marina Silva, Ciro Gomes e José Maria Alckmin. Alckmin, a 28 de outubro derrotaria Bolsonaro por 33 a 32. Faltou o Datafolha fazer a simulação entre Bolsonaro e Joaquim Barbosa. Mas o fato é que com o Datafolha e O Globo a estrada para o Planalto passou a ser mais movimentada.
DORIA E SKAF – Enquanto isso, em São Paulo, outra pesquisa do Datafolha, esta focalizando as eleições para o governo estadual, coloca João Doria e Paulo Skaf praticamente empatados. O ex-prefeito alcança 29 pontos e Skaf 31%.  O segundo turno em São Paulo parece restrito ao ex-prefeito da capital e ao presidente da Federação das Indústrias.
Luiz Marinho do PT, apoiado por Lula alcança apenas 7%. Fica atrás do novo governador Márcio França do PSB que se encontra com 8 pontos nas intenções de voto. O apoio de Lula não se fez sentir no lançamento de sua candidatura.
Coisas da política, que eternamente é marcada por contradições e ilusões.
A reportagem da Folha de São Paulo focalizado o quadro traçado pelo Datafolha é de autoria de Bruno Bogossian

18 de abril de 2018
Pedro do Coutto

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