Aliados de Lula vão usar a marcação do julgamento do recurso do ex-presidente em segunda instância para 24 de janeiro e os movimentos combinados de enfraquecimento da Lava Jato para intensificar o discurso de que a operação se transformou exclusivamente numa perseguição política ao petista para inviabilizar sua candidatura.
Petistas e aliados vão martelar nas redes sociais, nas tribunas e nos diretórios do partido que o processo contra Lula foi o de mais rápida tramitação entre todos os da Lava Jato julgados pela 8ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4.ª Região, que analisa em segunda instância os processos de Curitiba.
ORDEM CRONOLÓGICA – A defesa de Lula também prepara recursos para questionar se houve quebra da ordem cronológica de tramitação das apelações na corte.
Enquanto isso, a ordem é apontar uma articulação do PMDB para “estancar a sangria”, como disse Romero Jucá na gravação feita pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Entrarão nesse discurso a nomeação de Fernando Segovia para a direção-geral da Polícia Federal – e a paulatina troca de comando em postos-chave da PF – e a atuação de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República.
“O objetivo da Lava Jato era inviabilizar o Lula. A ordem agora é tentar tirá-lo do jogo e depois passar a régua”, diz um aliado do ex-presidente, mostrando qual será a tônica do discurso daqui para a frente. A ordem é fazer uma “mobilização permanente” até 24 de janeiro, data marcada para o julgamento de Lula no TRF-4.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O discurso do PT contra a celeridade na tramitação no processo contra Lula esbarra numa realidade intransponível. Foi o então presidente Lula que sancionou o Estado do Idoso (Lei 10.741, de 2003) e foi a então presidente Dilma Rousseff que sancionou o Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015), que determinam prioridade processual às questões que envolvam pessoas com mais de 60 anos. E os três réus do processo do tríplex se encontram nesta situação – Lula e os empreiteiros Léo Pinheiro e Agenor Medeiros estão na terceira idade. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O discurso do PT contra a celeridade na tramitação no processo contra Lula esbarra numa realidade intransponível. Foi o então presidente Lula que sancionou o Estado do Idoso (Lei 10.741, de 2003) e foi a então presidente Dilma Rousseff que sancionou o Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015), que determinam prioridade processual às questões que envolvam pessoas com mais de 60 anos. E os três réus do processo do tríplex se encontram nesta situação – Lula e os empreiteiros Léo Pinheiro e Agenor Medeiros estão na terceira idade. (C.N.)
17 de dezembro de 2017
Vera Magalhães
Estadão
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