"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 17 de dezembro de 2017

ACREDITE SE QUISER: COMANDANTE DO IRÃ DÁ ULTIMATO PARA OS EUA DEIXAREM A SÍRIA


Soleimani comanda na Síria as forças do Irã
Surgem informações de que o comandante do Corpo de Guardas Revolucionários do Irã, brigadeiro-general Haj Qassem Soleimani, enviou mensagem verbal ao comandante das forças dos EUA na Síria, por intermédio da Rússia, aconselhando-o a retirar de lá todos militares americanos.
“Minha mensagem ao comando militar dos EUA: quando a batalha contra o ISIS (“Estado Islâmico”) chegar ao fim, não se tolerará a presença de nenhum soldado norte-americano em território sírio. Aconselho-os a sair por iniciativa própria, ou serão obrigados a sair” – disse Soleimani a um funcionário russo. Soleimani afirmou que os militares dos EUA “serão considerados forças de ocupação, se optarem por permanecer no nordeste da Síria, onde tribos curdas e árabes convivem lado a lado.
NEUTRALIDADE RUSSA – Os russos não são contrários à presença dos EUA e podem se adaptar a ela, depois de demarcar linhas para evitar confrontos. Mas a posição do Irã é clara: o país decidiu não abandonar o presidente sírio em confronto que possa haver com forças dos EUA, caso elas permaneçam em terras sírias.
A mensagem de Soleimani aos EUA indicava claramente a promessa de ‘medidas de surpresa’ contra os EUA: “Vocês enfrentarão soldados e forças militares que não viram em ação na Síria. E deixarão o país, mais cedo ou mais tarde”.
A Rússia informou aos EUA que o Irã permanecerá na Síria pelo tempo que o presidente Assad considerar necessário. Assad insiste em libertar todo o território sírio de quaisquer forças militares. A Rússia confirmou aos EUA sua intenção de não dar apoio aéreo ao Irã e aliados, no caso de ataques a forças dos EUA. Do ponto de vista dos russos, a disputa Irã-EUA não lhes diz respeito nem é item da agenda da Rússia.
EUA AMEAÇAM O IRà– Mike Pompeo, diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), disse semana passada que escrevera ao brigadeiro-general Soleimani manifestando suas preocupações com as intenções do Irã de atacar interesses dos EUA, acrescentando que “o Irã e Soleimani serão responsabilizados por qualquer ataque no Iraque”.
Mohammad Mohammadi Golpayegani, alto assessor do Grande Aiatolá Ali Khamenei, confirmou a tentativa de Pompeo de enviar uma carta, mas disse que “Soleimani recusou-se a receber ou ler a mensagem, porque nada mais havia a acrescentar”.
CURDOS A POSTOS – Fontes na área creem que não é improvável que grupos curdos – operando em al-Hasaka e que são fieis ao governo em Damasco – estejam dispostos a avançar contra forças dos EUA. Muitos desses grupos permanecem fiéis à Síria: rejeitam todas e quaisquer forças de ocupação e a divisão do país.
Al-Hasaka 2018 está sendo muito frequentemente comparada àqueles eventos de 1983, quando centenas de marines dos EUA e paraquedistas franceses foram mortos em ataques suicidas simultâneos por islamistas, em Beirute. Para os libaneses, a força multinacional tornara-se uma tropa hostil, não de pacificação. Por isso,e todos eles foram forçados a deixar o Líbano às pressas, por efeito desse ataque. E agora, na Síria, o futuro pode repetir esses eventos do passado.

17 de dezembro de 2018
Elijah J. Magnier
Site Vila Vudu

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