"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

BRASIL VAI FICAR "INSOLVENTE" NA DÍVIDA PÚBLICA, ADVERTE O ECONOMISTA-CHEFE DO ITAÚ

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Mesquita exibiu a verdade sobre a dívida bruta
A reforma da Previdência Social é necessária, mas é preciso ficar claro que os três apodrecidos Poderes da União têm culpa nesse cartório. É claro que o aumento da expectativa de vida muda o quadro atuarial, mas a recessão, a terceirização e a pejotização também são importantes fatores de aumento do déficit previdenciário, embora o governo não diga uma palavra a respeito. Aliás, a recessão, a terceirização e a pejotização reduzem também a arrecadação do Imposto de Renda, mas o governo também jamais comenta este fato
A questão econômica interessa a todos os brasileiros, todos os detalhes precisam ser claros, transparentes e exibidos à opinião pública com antecedência. Mas não é isso que se vê. O governo se comporta como se estivesse tudo sob controle, e decididamente não está, muito pelo contrário.
DÍVIDA PÚBLICA BRUTA – O problema mais grave é a dívida pública bruta (governos federal, estaduais e municipais, fora Tesouro Nacional e estatais), que aumenta perigosamente e já chega a R$ 4,6 trilhões, cerca de 73% do PIB.
Conforme dados exibidos pelo economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, durante o 1º Seminário Internacional da Dívida Pública, recentemente realizado pelo Tesouro Nacional, entre 2012 e 2017 a dívida pública bruta cresceu 23 pontos percentuais, o país entrou na recessão mais profunda da história e, se nada for feito, em 2025 a dívida bruta equivalerá a 103% do Produto Interno Bruto (PIB).
“A trajetória de crescimento da dívida é insustentável. Temos, sim, um problema de solvência”, admitiu Mesquita, que foi diretor do Banco Central de junho de 2006 a março de 2010. Ele é o primeiro integrante da cúpula do sistema bancário a revelar a verdade sobre a situação da economia. Outros o seguirão…
CAOS A CAMINHO – Se até os banqueiros estão preocupados, vejam que a situação é gravíssima, mas o governo não diz uma palavra a respeito. Comporta-se como se a reforma da Previdência tivesse o condão de resolver tudo, e isto não é verdade.
As informações são contraditórias, no Brasil tudo é feito de forma bagunçada, chega a ser desanimador. Temos de exigir que as coisas sejam claras, transparentes e exibidas à opinião pública com antecedência. O maior problema é a falta de um debate profundo. Amordaçada pelos bancos, que têm interesse direto no fortalecimento da Previdência Privada, que é um engodo, a imprensa silenciou.
Mas agora são os bancos que estão ameaçados pela “insolvência” e querem reverter a situação. É paradoxal, mas verdadeiro.  Isso significa que a mídia enfim vai ter de começar a falar sobre a dívida pública, que deveria ser o mais importante  tema da atualidade
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P.S
. – A grande imprensa precisa entrevistar todos os presidenciáveis (ou seus gurus econômicos) sobre a dívida pública. Como cidadão e eleitor, eu gostaria de saber o que pensam a respeito, antes de definir meu voto. Na verdade, todos os problemas brasileiros dependem do equacionamento da dívida pública. Mas quem se interessa?
P.S 2 –Em seguida, é claro que logo iremos voltar ao assunto, para tratar de três assuntos que são considerados tabus – o déficit previdenciário, a terceirização e a pejotização. São questões fundamentais, mas o governo e a mídia não aceitam fazer um debate profundo a respeito. (C.N.)

14 de novembro de 2017
Carlos Newton

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