Os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava jato, em Curitiba, confirmaram nesta sexta-feira (11) que receberam um grande volume de documentos que integram os acordos de leniência e de delação de executivos ligados à Odebrecht. Segundo os procuradores, os dados foram enviados para análise técnica, dentro do próprio Ministério Público Federal (MPF). Segundo os procuradores, com o acordo de leniência, a Odebrecht tem a obrigação de fornecer documentos que tragam elementos probatórios, que corroborem os fatos criminosos que os executivos da empresa revelaram em depoimentos.
O MPF não detalhou quais tipos de documentos estão no pacote recebido pela força-tarefa. Segundo a procuradoria, eles esperam que haja extratos de contas offshore usadas pela empresa, para pagamentos ilícitos no exterior, além de planilhas explicativas, que devem ser usados em outras investigações do MPF.
DELAÇÃO E LENIÊNCIA – A delação de 77 executivos ligados à Odebrecht foi homologada em janeiro deste ano, pela ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. Plantonista do STF no recesso do Judiciário, ela usou a prerrogativa de presidente para homologar as delações dos dirigentes e ex-dirigentes da empreiteira.
A ministra tomou a decisão para não atrasar o andamento das investigações da Lava Jato, na medida em que o relator do caso no tribunal, ministro Teori Zavascki, morreu em um acidente aéreo no litoral do Rio de Janeiro.
Já o acordo de leniência, que é uma espécie de delação feita pela empresa, foi homologado pelo juiz Sérgio Moro, em maio deste ano. Nele, a empresa se comprometeu, em acordo feito com o Ministério Público brasileiro, em dezembro do ano passado, a revelar e cessar fatos ilícitos praticados na Petrobras e em outras esferas de poder, envolvendo agentes políticos de governos federal, estaduais, municipais e estrangeiros.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como ocorre em todas as demais delações, os réus da Odebrecht também tentam liberar o mínimo de documentos, mas a força-tarefa está marcando em cima e a empreiteira pode ser chamada para fazer recall, como ocorreu com a Andrade Gutierrez. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como ocorre em todas as demais delações, os réus da Odebrecht também tentam liberar o mínimo de documentos, mas a força-tarefa está marcando em cima e a empreiteira pode ser chamada para fazer recall, como ocorreu com a Andrade Gutierrez. (C.N.)
14 de agosto de 2017
Deu no G1
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