O ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) será personagem principal de um dos anexos que executivos da JBS começam a entregar nesta semana à PGR (Procuradoria Geral da República) como complementação de seu acordo de delação premiada. O ex-ministro teria discutido com a empresa um projeto de anistia ao caixa dois.
O diretor jurídico da empresa, Francisco de Assis e Silva, diz no anexo que esteve várias vezes com Geddel em Brasília e chegou a entregar a ele o rascunho de um projeto de lei prevendo a anistia, o que livraria vários políticos de punição. Pelo texto, o caixa dois seria tratado como os crimes tributários – que, ao serem confessados, deixam de ser penalizados.
No ano passado, Geddel foi um dos primeiros políticos a vir a público defender abertamente a anistia ao caixa dois. Ele ainda era ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer. O presidente peemedebista, no entanto, sempre negou ter a intenção de querer “melar” a Lava Jato.
LIVRE PARA VOAR – A incorporação de Lula ao diretório nacional do PT, como presidente de honra, resolveu problemas financeiros práticos envolvendo o ex-presidente. A legenda pode agora, por exemplo, pagar o aluguel de aeronaves para que ele viaje pelo país.
Antes disso, sempre que pagava por uma viagem, o PT tinha que dar várias explicações na hora de prestar contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já que Lula era, juridicamente, um militante comum. O diretório recebe cerca de R$ 30 milhões por ano do fundo partidário.
26 de julho de 2017
Mônica Bergamo
Folha
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