"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 2 de março de 2017

MARCELO ODEBRECHT CONFIRMA DOAÇÃO ILEGAL AO PMDB, MAS HÁ DISCREPÂNCIA DE VALORES

 

BRA02 CURITIBA (BRASIL), 01/09/2015.- El presidente de Odebrecht, Marcelo Bahia, y otros cuatro exdirectivos de la constructora se atuvieron a su derecho a permanecer en silencio frente a un grupo de diputados que investiga las corruptelas detectadas en la estatal brasileña Petrobras, hoy martes 1 de septiembre de 2015, en Curitiba, Brasil. El presidente del grupo, Marcelo Odebrecht, y los otros cuatro exejecutivos de la constructora están detenidos en esa ciudad en el sur del país, hasta donde se desplazaron los diputados en un vano intento por obtener información sobre la supuesta participación de la firma en el escándalo que se investiga en la petrolera. EFE/ Paulo Lisboa ORG XMIT: BRA02
Marcelo Odebrecht realmente combinou com Temer 
O empreiteiro Marcelo Odebrecht confirmou hoje ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que jantou com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, em Brasília, durante a campanha presidencial e que discutiu com ele uma contribuição para a campanha eleitoral de 2014. Temer era candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff.
Odebrecht negou, no entanto, que tenha acertado um valor de contribuição para a campanha. Ele afirmou acreditar que os montantes a serem doados tenham sido acertados previamente entre Eliseu Padilha, homem de confiança de Temer e hoje ministro da Casa Civil, e Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht.
NO JANTAR – Em sua delação premiada, Melo Filho afirma que o acerto foi feito diretamente por Marcelo Odebrecht, no encontro que o então presidente da empreiteira teve com Temer. “No jantar, acredito que considerando a importância do PMDB e a condição de possuir o Vice-Presidente da República como Presidente do referido partido político [PMDB], Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10.000.000,00.”
Deste total, R$ 4 milhões, segundo Melo, teriam sido destinados ao PMDB via Eliseu Padilha. Uma parte do dinheiro teria sido entregue no escritório de José Yunes, um dos melhores amigos de Temer. Yunes diz que serviu apenas de “mula involuntária” de Padilha, atendendo a um pedido dele de receber um “pacote” em seu escritório.
Os outros R$ 6 milhões, segundo Melo, seriam destinados à campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo.
Marcello Odebrecht confirma o valor, mas disse no depoimento desta quarta-feira que depois soube que o valor doado foi bem menor.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A discrepância de valores entre os depoimentos de Marcelo Odebrecht e de seu executivo e operador político Cláudio Melo Filho, ao contrário do que parece, não beneficia Temer. O presidente da República distribuiu nota oficial, há alguns dias, dizendo que a Odebrecht havia doado mais de R$ 11 milhões e tudo fora contabilizado. Agora, em sua nova declaração, Marcelo Odebrecht diz que depois soube que o valor doado foi bem menor. Ou seja, isso confirma que houve mesmo doação em caixa dois (dinheiro vivo), ao contrário do que Temer alegou. E tudo isso ficará esclarecido quando forem divulgados os recibos e as anotações do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, mais conhecido como Departamento de Propinas. (C.N.)


02 de março de 2017
Mônica Bergamo
Folha

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