OS TÉCNICOS ENCONTRARAM COMPRAS DIRECIONADAS E DESNECESSÁRIAS
O Tribunal de Contas do DF realizou uma auditoria na saúde pública do Distrito Federal. O resultado mostra uma falta de planejamento que resultou em um desperdício milionário. São compras direcionadas e desnecessárias, como aparelhos de raio-x, câmeras de vigilância, camas ginecológicas, berços mesas auxiliares. Tudo comprado em quantidade superior.
Os equipamentos estão guardados em um galpão e foram adquiridos sem uma estrutura adequada para recebe-los. Segundo o tribunal, dos contratos de R$ 18,6 milhões, cerca de 20% foram desperdiçados. Ainda de acordo com o relatório, não há controle nos estoques e muitos equipamentos sumiram. Os furtos são investigados pela polícia.
A denúncia do desperdício partiu do Ministério Público de Contas, em 2015. Os fatos foram confirmados pelo TCDF. Um dos casos que mais chamou a atenção foi a abertura de processo para a compra de 900 câmeras de vigilância, em 2012. O contrato, que somou R$ 5,3 milhões, previa a instalação, mas a Saúde contratou , sem licitação, serviços de suporte técnico e manutenção preventiva. O TCDF acredita em direcionamento na contratação.
Dessas 900 câmeras, apenas 95 foram instaladas. O restante dos equipamentos estavam amontoados em um galpão, um desperdício de R$ 2,6 milhões. Mas, pelo menos 90 equipamentos foram furtados. O valor chega a R$ 641 mil.
Outros absurdos foram registrados pelos técnicos na compra do mobiliário hospitalar, ocorrida em 2014. São, leitos, berços, macas e camas ginecológicas que estão armazenados. O desperdício soma R$ 4,6 milhões.
Os desperdícios e situações suspeitas abrangem ainda a compra de mobiliário para escritórios, em 2013. O contrato custou R$ 6,4 milhões ao erário. A justificativa para o gasto era a inauguração de UPAs, centros do sistema prisional e do Saúde da Família. No entanto, em 2016 muitos móveis continuavam no estoque, um desperdício de R$ 351 mil.
A Saúde também investiu na compra de 20 equipamentos de raio-x, em 2009. Cada um custou R$ 97 mil. No entanto, apenas sete foram distribuídos.
O TCDF fez recomendações à pasta. Entre elas, incluir nos processos de compras públicas a justificativa para o processo, assim como quantidade adquirida e a comprovação da necessidade. Outra medida é que a secretaria tenha em mãos a viabilidade de instalação e utilização imediata de equipamentos, a fim de evitar o armazenamento em galpões.
Os conselheiros deram um prazo de 30 dias para que o GDF se manifeste sobre as irregularidades comprovadas.
20 de fevereiro de 2017
diário do poder
OS TÉCNICOS DO TCDF APONTAM COMPRAS DIRECIONADAS E DESNECESSÁRIAS (FOTO: EBC) |
O Tribunal de Contas do DF realizou uma auditoria na saúde pública do Distrito Federal. O resultado mostra uma falta de planejamento que resultou em um desperdício milionário. São compras direcionadas e desnecessárias, como aparelhos de raio-x, câmeras de vigilância, camas ginecológicas, berços mesas auxiliares. Tudo comprado em quantidade superior.
Os equipamentos estão guardados em um galpão e foram adquiridos sem uma estrutura adequada para recebe-los. Segundo o tribunal, dos contratos de R$ 18,6 milhões, cerca de 20% foram desperdiçados. Ainda de acordo com o relatório, não há controle nos estoques e muitos equipamentos sumiram. Os furtos são investigados pela polícia.
A denúncia do desperdício partiu do Ministério Público de Contas, em 2015. Os fatos foram confirmados pelo TCDF. Um dos casos que mais chamou a atenção foi a abertura de processo para a compra de 900 câmeras de vigilância, em 2012. O contrato, que somou R$ 5,3 milhões, previa a instalação, mas a Saúde contratou , sem licitação, serviços de suporte técnico e manutenção preventiva. O TCDF acredita em direcionamento na contratação.
Dessas 900 câmeras, apenas 95 foram instaladas. O restante dos equipamentos estavam amontoados em um galpão, um desperdício de R$ 2,6 milhões. Mas, pelo menos 90 equipamentos foram furtados. O valor chega a R$ 641 mil.
Outros absurdos foram registrados pelos técnicos na compra do mobiliário hospitalar, ocorrida em 2014. São, leitos, berços, macas e camas ginecológicas que estão armazenados. O desperdício soma R$ 4,6 milhões.
Os desperdícios e situações suspeitas abrangem ainda a compra de mobiliário para escritórios, em 2013. O contrato custou R$ 6,4 milhões ao erário. A justificativa para o gasto era a inauguração de UPAs, centros do sistema prisional e do Saúde da Família. No entanto, em 2016 muitos móveis continuavam no estoque, um desperdício de R$ 351 mil.
A Saúde também investiu na compra de 20 equipamentos de raio-x, em 2009. Cada um custou R$ 97 mil. No entanto, apenas sete foram distribuídos.
O TCDF fez recomendações à pasta. Entre elas, incluir nos processos de compras públicas a justificativa para o processo, assim como quantidade adquirida e a comprovação da necessidade. Outra medida é que a secretaria tenha em mãos a viabilidade de instalação e utilização imediata de equipamentos, a fim de evitar o armazenamento em galpões.
Os conselheiros deram um prazo de 30 dias para que o GDF se manifeste sobre as irregularidades comprovadas.
20 de fevereiro de 2017
diário do poder
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