"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

FIM DO SIGILO DA DELAÇÃO PODE SER BOM PARA O PAÍS, DIZ PROCURADOR DA LAVA JATO




O procurador regional Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público Federal, avalia que a abertura do sigilo das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht “talvez seja melhor”. Ele afirma que o fim do sigilo não é o ideal para as investigações, porque possibilita a destruição de provas, mas mesmo assim considera que a abertura das dados “é melhor para que toda a sociedade saiba o que foi citado”.
“Talvez seja até melhor levantar o sigilo para todos nós sabermos quais são os fatos revelados”, comentou o procurador, que participou de um debate em São Paulo sobre o pacote anticorrupção na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).
RECADO AOS POLÍTICOS – O procurador também mandou um recado aos políticos, ao falar da colaboração da empreiteira, dizendo que muitos reagem de forma excessiva mesmo não sabendo se estão citados nas colaborações da Odebrecht. “Há muitos políticos que não sabem se estão na lista e estão reagindo excessivamente, pode ser que eles não estejam lá, podem estar agindo a mando de interesse de outros políticos”, disse.
Ele destacou que a abertura do sigilo é “uma opinião” e que tal decisão cabe ao Supremo Tribunal Federal, instância que detém atribuição constitucional de investigar políticos com foro privilegiado.
Durante o debate, Santos Lima falou que a colaboração premiada se tornou a principal técnica de investigação no pais. “Não é totalmente moral, entretanto é eficaz e funciona, nós precisamos ter soluções que funcionem”, disse. Ele afirmou que não é totalmente moral fazer acordo de colaboração com criminosos, mas que a prática traz resultados no combate à corrupção.

11 de fevereiro de 2017
Deu no Estadão

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